O Triunfo do Tempo

O Triunfo do tempo

Dobrando a ombreira calada,
Onde tudo se passou, ou quase nada
E se pressente p’ra lá da paulatina
Ceia, a tal nota duma gasta máquina

De cortar cabelo, já cansada,
Mas o tempo, aqui ainda não parou,
(continuará a caminhada “ad eternum”)
E amanhã serei eu que com ele também me vou…

Ah, que Saudades já tenho do velho vinho,
Aquele que se derramava por gosto,
E ardia…ardia com’o calor d’agosto,
No rosto e no seu jeito a rapazinho velho.

Parece q’ ninguém aqui passou por mim,
E s’acaso estiver fazendo eu algo aqui,
Sei q’m’entende (ele sabe entender tudo,)
Se estiver falando, falarei com ele ,d’quando
(en’quando.)

Ele me conseguia ainda ouvir e ver,
Agora não passo de um fumo surdo, no fundo
Falo pouco, continuo ausentado, a semiviver
Do Triunfo do tempo promulgado.

(depois adormeço e volto já manhã ou na seguinte data (--/--/----)
Espero ter sempre o meu pai aqui ao lado,
Ainda por muitos e muitos Natais.

Joel Matos (01/2011)
http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

Viernes, Enero 7, 2011 - 17:36

Poesia :

Su voto: Nada (1 vote)

Joel

Imagen de Joel
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 9 semanas 6 días
Integró: 12/20/2009
Posts:
Points: 42009

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Joel

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Ministério da Poesia/Aforismo Inquilino 0 3.510 11/19/2010 - 19:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aforismo Pietra 0 4.457 11/19/2010 - 19:13 Portuguese
Ministério da Poesia/Aforismo não cesso 0 3.959 11/19/2010 - 19:13 Portuguese