Poema sem ar
Construi sem tempo
O nosso eterno momento,
Deixei andar
Todas as pedras no seu lugar,
Vi-me sozinho
Deixaste-me sem destino
E eu perdi o meu ser
Não há lua nem dia
Se não te consigo ver,
Escrevo-te agora
Como já tantas vezes o fiz
O teu afastamento
É uma barreira
Que eu nunca desfiz,
E sou barco
E sou mar
Sempre a naufragar,
Faltam-te as forças
Meu amor
Mas vais superar,
Que superes sempre
A meu lado,
Pois o caminho é longo
E sempre fui teu namorado,
Mesmo quando
Tu queres acabar comigo
Mesmo aí sou teu namorado
E amigo,
Mas o que me dizes
Por vezes deixa-me ferido,
Com uma vontade inevitável
De ser abatido,
E na monotonia
Eu te deixei cair,
Meu amor tenho medo
Que tu queiras desistir,
E
Por vezes as palavras
São feias
Mas vazias de significado,
Quero-te amar para sempre
Fica bem do meu lado,
E para ti
Isto talvez seja
Uma poesia de nada,
Mas na verdade te escrevo
Desta linha
Desorientada,
O teu futuro
Ainda vem longe
Na estrada,
O meu já é curto
E a velhice não tarda,
Cansaste-te de mim
Como o Inverno
Não se cansa da chuva
E eu fiquei sem jeito
Sim,
Se quiseres ficar de mim
Viúva,
Viúva no sentido
Mais figurado,
Mas este amor por ti louco
Que não vejo por ti
Amparado,
Queres sair e divertir-te
Queres voar em liberdade,
E as tuas asas eu parti
Dizes-me tu com sinceridade,
Por isso penso
Quando nada te digo,
Pensarás tu
Que sou um namorado
Fraco e ferido,
Por isso escrevo
Sem nunca parar,
Porque se a voz se cala
Os meus dedos ouvirás sempre
Tocar,
O bater de cada tecla
Que soará até em outro
Continente,
Vivo feliz
Só e apenas se estás presente,
E tu perguntas-te
Perguntas-te se eu te minto
Perguntas-te em silêncio
Se a tua dor
É o amor que eu sinto,
E poderia
Passar o dia a escrever,
Isto só e apenas
Porque sonho um dia
Ainda te ter,
Este é um poema
Sem ar, um poema
De verdade
Que o faço ao te respirar,
Sei
Que nunca entenderás
O que sinto,
Assim como tu dizes
Que em ti nada entendo,
Mas meu amor
Eu pressinto,
Queria dizer-te
Aquelas palavras já gastas,
Aquelas frases já feitas,
Eu amo-te
E será que me aceitas?
E quando estiveres
Longe de mim
Não te esqueças nunca
Que para o meu ser
Não existe fim,
E por isso
Continuo a pensar
Reflicto á chuva
Para te poder alcançar,
Estou velho
De alma, cansado
Da eternidade
Espero
Por ti
Meu amor
Que és a saudade,
És a saudade
Que me invade
Cada bater deste
Fraco coração
Porque abre-se uma ferida
Em cada discussão,
E os gritos
E os gestos
São estúpidos para quem ama,
Pois passa-se o tempo
E o dedo
Está na arma,
Eu deixo-te
Em paz,
No teu infinito espaço,
Cada parte do meu
Ser se desfaz
Resguardado no teu abraço,
E eu abraço-te
Para sempre
Como um infinito contado,
Pois espero
O teu amor
No mais silêncio
Parado,
Não esqueças então
Que te amo sem razão,
Porque o amor
Não se entende
Mas é a luz
Que se faz na escuridão.
Submited by
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 2236 reads
other contents of jb99
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Pensamientos | Não sou (sou o JB) | 0 | 747 | 06/06/2011 - 15:07 | Portuguese | |
Poesia/General | Momento de redenção | 0 | 624 | 06/06/2011 - 15:05 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Beijo de saudade | 0 | 947 | 06/06/2011 - 14:57 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Na tua ausência (sem respirar) | 0 | 1.031 | 06/06/2011 - 14:55 | Portuguese | |
Poesia/General | Perdido | 0 | 1.073 | 06/06/2011 - 14:52 | Portuguese | |
Poesia/Amor | O que em nós se faz | 0 | 1.720 | 01/22/2011 - 12:25 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Não te mereço | 0 | 1.761 | 01/22/2011 - 12:23 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Poema sem ar | 0 | 2.236 | 01/20/2011 - 21:03 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Só se avista | 0 | 1.534 | 01/20/2011 - 20:59 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Meditación | Só se avista | 0 | 1.946 | 01/20/2011 - 20:57 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Amor perdido | 0 | 1.230 | 11/17/2010 - 23:54 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Minuto incessante | 0 | 884 | 11/17/2010 - 23:54 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Não te tenho (revolta) | 0 | 1.516 | 11/17/2010 - 23:54 | Portuguese | |
Poesia/Intervención | Já tudo nos conforta | 0 | 1.596 | 11/17/2010 - 23:54 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | Vieste para desaparecer | 0 | 1.075 | 11/17/2010 - 23:53 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Estou onde sempre estive | 0 | 1.506 | 11/17/2010 - 23:50 | Portuguese | |
Poesia/General | Esquivo | 0 | 1.747 | 11/17/2010 - 23:46 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Portugueses ausentes | 0 | 1.129 | 11/17/2010 - 23:46 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Amor de partida | 0 | 1.330 | 11/17/2010 - 23:43 | Portuguese | |
Poesia/Amor | A única e mesma dor | 0 | 1.384 | 11/17/2010 - 23:42 | Portuguese | |
Poesia/General | Um nosso Deus | 0 | 960 | 11/17/2010 - 23:40 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Uma longa caminhada | 0 | 870 | 11/17/2010 - 23:40 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Amor sem vida | 0 | 971 | 11/17/2010 - 23:39 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Quem caminha? | 0 | 1.171 | 11/17/2010 - 23:39 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Deslumbrar | 0 | 1.095 | 11/17/2010 - 23:39 | Portuguese |
Add comment