Saudades

Dizem que os rios para sul correm
Que as andorinhas voltam na Primavera
Que não se deve viver de quimeras
Que sonhos são penas que nunca morrem

Que dias felizes quase sempre escorrem
Por entre os dedos em pedaços de espera
Que se alberga no peito em saudade que impera
Que inunda os sentidos, teimosa em esfera

Que rodopia, não adormece na mente aflita
Mesmo que teime em chamar-lhe desdita
Saudades são cadilhos na ponta da manta

Com que me cubro quando fecho os olhos
E as saudades florescem em fartos molhos
Porque partiste, e me abafa a garganta.
 

 

 

Não sei se estou a fazer de maneira correta , esta será a minha participação na antologia, se for selecionada, obrigado pelo convite.

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Viernes, Febrero 4, 2011 - 12:50

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Antónia Ruivo

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As saudades permanecem e o

As saudades permanecem e o rio lava o olhar, belo poema.

 

Beijo

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É dedicado a alguém que nos

É dedicado a alguém que nos deixou o ano passado, uma morte estupida como a morte consegue ser. Beijinhos amiga

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