Na periferia da alma

Na periferia da alma há muita dor
Moram lá sorrisos de antidepressivos
Promessas partidas de amor

Na periferia da alma não há ternura
Não há espaço para doçura
Vive-se em eterno rancor

Na periferia da alma agride-se
Mãe filho e pai sem perdão
Amigo namorada seja quem for
A periferia da alma chama pela solidão

Na periferia da alma não há esperança
Nem sequer há uma alegre dança
Só há se houver uma qualquer iluzão

Na periferia da alma não há amigos
Mesmo os conhecidos são poucos
Acha-se que todos estão desiludidos

Mas isso tudo é apenas na periferia
Pois na alma há toda vida
Que aguenta mesmo desiludida
Que quando a cabeça na cama deita
Sonha como qualquer criança
Com verdadeira e genuina esperança

Esse poema é dedicado ao Andarilus (será mesmo assim que se escreve?), que através dos seus coméntarios certeiros faz cair sempre uma semente que germina uma junção de palavras e ideias.

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Jueves, Junio 5, 2008 - 19:50

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Veiga

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Comentarios

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Re: Na periferia da alma

Um texto com arte, razão e sentimento!!!

:-)

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Re: Na periferia da alma

A periferia da alma é uma muralha, um muro, onde nos afagam, onde nos argamassam, onde nos roubam fragmentos, onde nos cospem. A muralha abana mas resiste - TEM de resistir - aos abalos. Abre-se aos amores e ás amizades, primeiro timidamente, depois de forma leviana e escancarada. E lá dentro a fonte de água fresca, o agasalho, a sombra, o refúgio e sobretudo o último reduto, o santuário de nós próprios para nós mesmos.
Obrigado pela deferência.
Abraço

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Re: Na periferia da alma

Aqui está um poema para meditar sobre os estados de alma :-)

Gostei!

Bjs

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