Absoluta Mente Nada

Eu não tenho absolutamente nada
Tenho somente o facto linguistico que faz juz a palavra vazio.
Tudo que senti já partiu.
E restei eu
Resultado de uma baralhada de equações entrelaçadas
Onde no meio de palhaçadas
Casaram-se verbos
E pariram-se adjectivos
Eu não sou nada
Sou somente o nome que me deram
Vulgar como um botão
Andei na boca de alguma gente
Até encontrar a solidão.
E apaixonei-me
Apaixonei-me pela ausencia verbal
Por não ter que nada
Por a minha vida estar cansada
E eu como observador
Concordar.
Paga-se um preço
Por ocupar este lugar
Mas é aqui que eu quero estar...
A observar.....
A acabar.
 

Carlos Cabecinha

Submited by

Lunes, Febrero 21, 2011 - 11:59

Ministério da Poesia :

Sin votos aún

Outro

Imagen de Outro
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 5 años 20 semanas
Integró: 03/02/2010
Posts:
Points: 884

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Outro

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General Principio de Poema Aberto a Todos Os Poetas 4 484 04/01/2010 - 17:15 Portuguese
Prosas/Pensamientos Poesia Neurocirurgica 1 887 03/31/2010 - 18:47 Portuguese
Poesia/Amor Amo-te Mais ou Menos 3 648 03/30/2010 - 19:26 Portuguese
Poesia/General A Cortina 1 962 03/04/2010 - 22:50 Portuguese
Poesia/General A Cortina 2 578 03/04/2010 - 21:11 Portuguese
Poesia/Comedia Sopa de Queixumes 4 629 03/04/2010 - 12:35 Portuguese
Poesia/Poetrix O Empréstimo 5 970 03/02/2010 - 22:29 Portuguese
Poesia/Tristeza O Nó 3 526 03/02/2010 - 14:30 Portuguese