Escrito Por Todos Nós

 

 

Corto-me sempre que escrevo.
Transpiro.
Liberto células epiteliais de géneros vários.
Fios de cabelo,
Substancias organicas,
Lágrimas
Saliva
E outros.
Mas para ser o meu código genético no final do texto
os a's t'c c,s e g,s
Nascem sempre
Em cortes que outros me fazem,
Ou quando ensanguento a minha roupa
Com o sangue de um animal que jazia no meio da estrada.
Quando por envolvência
Num acto de amar se trocam fluídos.
Quando o Barbeiro me põe a batina aos ombros
E esta apesar desta parecer imaculada contêm cabelos dos anteriores cortes.
Quando choro.
Quando rio.
São os verbos  a troca de vivências,
Condicionadas ou não por este ou aquele factor,
Que assinam com a Citosina, Guanina, Timina e Adenina,
Dispostas variadamente num número "infinito"
Em forma de escada Helicóide
Em tudo que escrevo.

Deixando-me assim, escrito por todos nós... pelo nosso ADN.

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Jueves, Marzo 17, 2011 - 16:45

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