Fiz-me ao Mar
Hoje fui ver o mar
E fiz-me solta
Não me quis entregar
À solidão dos dias que passam
Mergulhei em ondas gigantes
E fiz-me mouca
Limpei-me do ruído de uma cidade
Indiferente e gasta
Senti a loucura do areal no meu corpo
Sôfrego da suavidade
Terna de um rio
Ou da claridade dos dias
Hoje fui ver o mar
E fui fronteira
Onde o sol povoa os meus sonhos
E traça raios cintilantes sobre uma lua gemendo
Estrelas cadentes
Rendem-se
Às águas mornas de um oceano inteiro
Fiz-me ao mar...
Sem âncoras, para não voltar
Dolores Marques
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Miércoles, Agosto 20, 2008 - 23:29
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Comentarios
Re: Fiz-me ao Mar
Tu conheces o infinito e a magia aparece nas palavras naturalmente…
:-)
Re: Fiz-me ao Mar
Estrelas cadentes
Rendem-se
Às águas mornas de um oceano inteiro
Fiz-me ao mar...
Sem âncoras, para não voltar
Parabéns,poeta!!
Uma chuva de aplausos. Beijo :-)
Re: Fiz-me ao Mar
O mar cobre grande extensão do mundo. Ele é muita coisa, quase tudo. Vive em lugares extremos, sente paisagens sem fim...em si. Somos uma gota deste belo oceano que é a existência.
Vou dormir mais feliz embalado nas ondas do mar.
:-)
Bjs
Re: Fiz-me ao Mar
Lindo poema! Tb fui ver o mar (grande fonte inspiradora)
Beijinhos
IC