Infinito

Consentir num ponto
E terminar em linha recta
Sem pontos
Contestando a força
Num único esboço
Em movimentos constantes
E acalmar as gentes
As gentes
Que abandonam os lugares
Onde se desenham os traços
De uma figura abstracta

Avançar em passos largos
E deixar no caminho
As coordenadas
A atingir um ponto finito
Simetrias
Esquadrias
Correlações
Versando o infinito
E sentir
Simplesmente sentir
A força dos braços
O erguer das pernas
O desbotar da pele
O arregalar dos olhos
O abandono do corpo na lama
O coalhar das gotas de suor
A repartirem-se
Por todos os carreiros estreitos
Onde se dobram os corpos todos
E mais outras parelhas
A escalar as montanhas
A sonegar os rios
A abandonar os mares
E a consentir num ponto

Esse ponto minúsculo
Oculto
Sôfrego
Atento às mudanças
Do único traço
Um único ponto
No infinito


 

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Lunes, Abril 11, 2011 - 09:29

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