Dores, desejos vãos, devaneios permanentes

Pois, percebo: triste é sofrer e não alcançar redenção...

Alma dolorida, corpo desengonçado, costelas mal postas...
Dói-me a coluna. De modo a doer os pulmões e todo o resto.
Dói minha vida. Como a causa dos gemidos sem som.

Não me lembro mais do tempo o qual falei.
Não retribuo mais os cumprimentos dos transeuntes (como se esses ainda cumprimentassem estranhos).
Não xingo em voz alta, sorrio em meu silêncio a continuidade do silêncio, como disfarce do defeito de existir-se calado.
Estou enlouquecendo.

Ainda ando. Saio. Volto.
Ainda brindo. Comemoro. Festejo o meu ainda como sendo o meu presente.
Aprendi a descrer no futuro.
Receio perder-me no amanhã.

E enquanto regozijo a beleza do meu retrato, fujo de mim e sigo a quem me quer bem.
Viajo... viajo... viajo...
De nada adianta pois, não acho
Páro nos pontos, sigo nas conversações entre este e este.
Aprendi a falar sozinho.

Mas, Deus, quando o meu desejo de estar bem é reconhecido, reconheço na vida um momento passageiro, que é a vida.
Logo, pois, os afetos serão eternizados e a vida, não terá o peso de ser vivida segundo conceitos.

Submited by

Miércoles, Abril 13, 2011 - 18:46

Poesia :

Sin votos aún

robsondesouza

Imagen de robsondesouza
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 5 años 5 días
Integró: 01/08/2010
Posts:
Points: 998

Comentarios

Imagen de MarneDulinski

Dores, desejos vãos, devaneios permanentes

Lindo texto, gostei!

Meus parabéns,

MarneDulinski

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of robsondesouza

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Fotos/Perfil 2737 0 2.003 11/23/2010 - 23:51 Portuguese
Videos/Arte Saudosa maloca - Adoniran Barbosa 0 1.939 11/19/2010 - 22:35 Portuguese
Videos/Arte Elis Regina - Como nossos pais 0 1.065 11/19/2010 - 22:35 Portuguese
Ministério da Poesia/Alegria Rês de três 0 1.358 11/19/2010 - 18:21 Portuguese
Ministério da Poesia/General Companhia 0 1.256 11/19/2010 - 18:20 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación Existência 0 1.210 11/19/2010 - 18:20 Portuguese
Ministério da Poesia/Amor Amor 0 1.879 11/19/2010 - 18:20 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación Contra Tempo 0 992 11/19/2010 - 18:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Devaneio refugiado 0 965 11/19/2010 - 18:20 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación Espelho 0 1.351 11/19/2010 - 18:20 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación Momento qualquer 0 1.271 11/19/2010 - 18:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Incoerência 0 1.194 11/19/2010 - 18:20 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación No que me atenho me tenho 0 1.649 11/19/2010 - 18:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Incômodo 0 938 11/19/2010 - 18:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación Sobre a incerteza 0 1.207 11/19/2010 - 18:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Deboche 0 974 11/19/2010 - 18:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación Hora de jogar 0 955 11/19/2010 - 18:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación Claro à noite 0 875 11/19/2010 - 18:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación Para pensar 0 917 11/19/2010 - 18:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación Drama da abstinência intelectual 0 1.102 11/19/2010 - 18:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Tristeza Distração deprimente 0 1.020 11/19/2010 - 18:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Tristeza Um ponto 0 1.125 11/19/2010 - 18:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Leve-me 0 1.507 11/19/2010 - 18:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación Um ciclo 0 963 11/19/2010 - 18:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación Infinda superfície 0 1.062 11/19/2010 - 18:19 Portuguese