Se te disser...não tires os sapatos
Eis que o chão acolhe a luz fragmentada
e, entre as pedras promove-se um fio de luz
que cintila, que murmura de improviso,
a bênção , a maldição,
a face que cobre os gestos e se cala.
Porque a tua boca toca súbita a ternura cadente
e, encosta ao fio de luz,
a palavra contida no peito.
Acabamos por dormir sobre ela
e, sem sabermos, letra -a – letra
nasce em contraluz
entre as nossas pálpebras fechadas
somos pressentidos na respiração espectral
invocados pelo coração.
Se te disser que vamos sair de viagem
Não faças troça nem tires os sapatos
Os nossos pés habitaram sempre o triz do precipício.
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Domingo, Octubre 5, 2008 - 22:01
Poesia :
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Comentarios
Re: Se te disser...não tires os sapatos
A luz está sempre lá, para iluminar o salão pintado de harmonia e mobilado de alegria. E está lá também para iluminar o salão quando deve ficar vazio.
É bom que se recorde estes domínios da luz.
Beijo
Re: Se te disser...não tires os sapatos
Uma respiração espectral que atinge como raio no meio da tempestade a fantasia de uma viagem pelo amor.
Muito bem MariaTreva!
Gostei muito!
Bjs