“TEMPERA-ME”

Tempera-me com tua vontade alada

Arranca do meu peito o fogo queimado

Que já me tenha a mágoa saldada

Por um sentimento de novo encontrado

Que rompas de mim, varão encalhado

O vago desejo de ser encontrado…

 

Quando procuro no meu vazio

A têmpera do entendimento

Ao tempo do velho rodopio

Vozes castradas, despejadas no vento

Que ali arrumo silêncios vexados

Já, para que não ceguem ligados…

 

Quantos dos teus, me são vidrados

Transparecendo em mão de profeta

Quando da Alma, os versos proclamados

Se fazem Eleitos na voz do poeta

Tempera-me ao peito da mansidão

E de mim faz corda de violão…

***

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Miércoles, Abril 20, 2011 - 22:44

Poesia :

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antonioduarte

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Comentarios

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“TEMPERA-ME”

Lindo poema, gostei muito!

Destaco os versos abaixo

"Quando da Alma, os versos proclamados

Se fazem Eleitos na voz do poeta

Tempera-me ao peito da mansidão

E de mim faz corda de violão…"

Meus parabéns,

MarneDulinski

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Agradeço amigo

Agradeço amigo Marne,

"Quantos, daqueles que por esta vida passaram, que marcaram as transparências da suas Almas, voltam a renascer na mão de novos poetas e assim:

"Quando, da Alma, os versos proclamados

Se fazem Eleitos na voz do poeta..."

Peço, então, como quem fala para esses imortalizados:

"Tempera-me ao peito da mansidão
E de mim faz corda de violão…"
 

Muito bom! Eu mesmo adorei o iluminado que trouxe até mim o sensível de tamanha proeza.

- Não quero ser presunçoso ao elogiar o meu próprio trabalho,mas, eu também me admiro e me surpreendo a mim próprio quando me encontro,me amando, a mim, com todas as minhas forças; não esquecendo aqueles que choram e sofrem pelas coisas materiáis que, tenho pena deles. Digo: Para poder-mos gostar de outro alguém temos, obrigatóriamente, de gostar logo em primeiro, de nós próprios.

Obrigado por comentar, que assim, abriu, em mim, um portal imaginário, com a oportunidade de escrever o que escrevi.

Saúde meu amigo.

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