Arreitada donzela em fofo leito
Arreitada donzela em fofo leito
Deixando erguer a virginal camisa,
Sobre as roliças coxas se divisa
Entre sombras subtis pachocho estreito.
De louro pêlo um círculo imperfeito
Os papudos beicinhos lhe matiza;
E a branda crica nacarada e lisa,
Em pingos verte alvo licor desfeito.
A voraz porra, as guelras encrespando,
Arruma a focinheira, e entre gemidos
A moça treme, os olhos requebrando.
Como é inda boçal, perder os sentidos;
Porém vai com tal ânsia trabalhando,
Que os homens é que vêm a ser fodidos.
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Domingo, Octubre 12, 2008 - 14:32
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Comentarios
Re: Arreitada donzela em fofo leito
Um poema escrito com alma!
:-)
Re: Arreitada donzela em fofo leito
ah! morto d'um raio que ainda aqui andas e já me fizeste passar as passinhas do Algarve quando uma professora de Literatura me fez analizar o teu poema " É pau, e rei dos paus, não marmeleiro..." só por ser da tua terra: Setúbal!
Uma boa ressuscitação!
Manuel Maria Barbosa de Bocage
gostei de conhecer a tua casa museu há já alguns anos
breizh
Re: Arreitada donzela em fofo leito
A vida agitada, apaixonada de um genial libertino passada para as palavras sublimes como só ele sabe escrever.