Plante o pranto...

Chores!
Deixes teu pranto rolar na cascata de meus ombros,
Deixes sua cabeça pender como rocha na escarpa de meu peito,
Estarás segura mesmo que divises o precipício a tua volta...

Chores!
Mas chores mesmo, a dor que deveras sentes,
O amor que morreu nas pétalas amarelas de tua flor,
Que desabrochou e, o homem não colheu ao teu amor...

Chores!
E não enxugues as lágrimas que verterem,
Cultivas a tua dor na semente do mal que te fizeram,
Teu pranto irrigará o sulco da pedra, do amor que renascerá...

Chores,
Não escondas o belo rosto, mesmo que tracejado pelo tempo,
Não deixes que te fujas a vida,
Não esqueças de olhar ao redor, vede a montanha majestosa...

Chores!
O quanto choraste, o quanto sentiste,
Isso representa o quanto não devias ter te lançado,
Em busca de tua aventura, de tua paixão...

E depois que o pranto cessar,
Depois que o amor ao teu coração regressar,
Tornas a florescer, pelo bem viver,
E colherás as flores, os frutos ao teu redor,
Que são muitos, e que na cegueira de teu sofrer,
No teu desespero, tuas mãos não se abriram a colher...

AjAraújo, o poeta humanista.

Submited by

Domingo, Mayo 1, 2011 - 14:25

Poesia :

Sin votos aún

AjAraujo

Imagen de AjAraujo
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 7 años 9 semanas
Integró: 10/29/2009
Posts:
Points: 15584

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of AjAraujo

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Intervención Desencanto (Manuel Bandeira) 0 2.019 08/17/2011 - 21:57 Portuguese
Poesia/Intervención Minha grande ternura (Manuel Bandeira) 0 2.462 08/17/2011 - 21:54 Portuguese
Poesia/Meditación Enquanto a chuva cai (Manuel Bandeira) 0 2.392 08/17/2011 - 21:52 Portuguese
Poesia/Intervención A morte absoluta (Manuel Bandeira) 0 3.681 08/17/2011 - 21:47 Portuguese
Poesia/Pensamientos Arte de Amar (Manuel Bandeira) 0 5.521 08/17/2011 - 21:44 Portuguese
Poesia/Desilusión Surdina (Olavo Bilac) 0 1.173 08/17/2011 - 13:28 Portuguese
Poesia/Amor O Amor e a Morte (José Régio) 0 4.487 08/17/2011 - 13:25 Portuguese
Poesia/Intervención Solidão (Pedro Homem de Mello) 0 3.128 08/17/2011 - 13:23 Portuguese
Poesia/Intervención O que eu sou... (Teixeira de Pascoaes) 0 1.809 08/17/2011 - 13:21 Portuguese
Poesia/Intervención Fim (Álvaro de Campos) 0 4.338 08/17/2011 - 13:16 Portuguese
Poesia/Meditación Memória (Carlos Drummond de Andrade) 0 1.722 08/17/2011 - 13:14 Portuguese
Poesia/Intervención A hora da partida (Sophia de Mello Breyner Andresen) 0 6.044 08/17/2011 - 13:12 Portuguese
Poesia/Intervención Canção da Partida (Cesário Verde) 0 3.222 08/17/2011 - 13:09 Portuguese
Poesia/Archivo de textos Biografia: Cora Coralina(1889-1985), poetisa brasileira, natural de Goiás. 0 13.829 08/17/2011 - 02:21 Portuguese
Poesia/Meditación Mascarados (Cora Coralina) 0 3.818 08/17/2011 - 02:12 Portuguese
Poesia/Dedicada Minha Cidade (Cora Coralina) 0 774 08/17/2011 - 02:10 Portuguese
Poesia/Dedicada Rio Vermelho (Cora Coralina) 0 954 08/17/2011 - 02:08 Portuguese
Poesia/Dedicada Bem-te-vi bem-te-vi... (Cora Coralina) 0 3.197 08/17/2011 - 02:06 Portuguese
Poesia/Meditación Todas as Vidas (Cora Coralina) 0 643 08/17/2011 - 02:04 Portuguese
Poesia/Archivo de textos Biografia: Mário Quintana (1906-1994), poeta, escritor e jornalista brasileiro. 0 10.641 08/15/2011 - 18:48 Portuguese
Poesia/Intervención Ah! Os relógios (Mário Quintana) 0 1.431 08/15/2011 - 18:38 Portuguese
Poesia/Desilusión Canção dos romances perdidos (Mário Quintana) 0 2.043 08/15/2011 - 18:35 Portuguese
Poesia/Amor Canção do amor imprevisto (Mário Quintana) 0 2.492 08/15/2011 - 18:33 Portuguese
Poesia/Amor Bilhete (Mário Quintana) 0 712 08/15/2011 - 18:30 Portuguese
Poesia/Dedicada As mãos do meu pai (Mário Quintana) 0 627 08/15/2011 - 18:28 Portuguese