Monólogo do corpo - Prazer
Monólogo do corpo - Prazer
Se o vento toca meus montes rosados,
Ou o frio me assombra,
Saliento poros
E enrijeço montanhas.
Quando isso acontece,
Se estou ou não de jejum
Salivo a boca faminta,
Mastigo o vazio, a imensidão.
Sou muito sensível,
Há casos que não,
Mais na maioria, imagens me esquentam,
Vídeos molham o chão.
Sentimentos também me provocam,
Amor, ódio e ira, e a fogosa paixão.
Quase sempre todos acompanham atração,
Que me palpitam bem fundo, molhada escuridão.
Há mestres bem espertos,
Que me enlouquecem com um beijo na testa
Ou só de me darem à mão.
Literalmente ou não.
Não consigo negar hora nenhuma,
A mente tenta me impor o disfarce,
Mais sou teimoso,
Pele e olhar me ajudam a não me esconder.
Desde cedo eu me manifesto,
Às vezes só por comer,
Pirulitos e balas,
Isso também me faz umedecer.
Sou tão relativo,
Sempre diferente em forma,
Atitude, estrutura e mente.
Às vezes parecido, nunca igual.
Igual é o fogo
Que às vezes mais em um,
Menos em outro.
Sempre queima, pulsa, arde e me movimenta.
E se não me afogo em labaredas
Minha musculação atrofia.
Por isso sempre em busca do prazer,
Porque com ele eu relaxo, vivo momento de euforia.
Acompanhada ou sozinha,
Com emoção ou não,
Só preciso de excitação,
Para satisfazer a alma, até a próxima explosão.
Feito no dia: 04/02/2011 - 08h28min.
A. Alawara Chavéz
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Comentarios
Uma verdadeira explosão dos
Uma verdadeira explosão dos sentidos.
Corpo e mente em sintonia com o desejo.
Abraço
exatamente, obrigada :)
exatamente, obrigada :)