Só lhe conheço a sua estranheza

Num salto liberto
Suspenso no seu reduto
Salvaguardando um acervo
que venha a constituir um-todo-poderoso
um suspiro inquieto
um clamor manifesto
que passam descalços.
Não só na ebriedade das suas vertigens
Mas, também na consciência carmim do crepúsculo,
onde se fende a luz dos amantes e seus gestos.
Um pouco como um fio d´água
que começa procurando um mar
para dar livre curso a um destino incerto
decerto ignorado.
Todavia,
decidido a vencer tentações de aprazíveis águas paradas
Ou
Movido por quebrantos de ávidas mãos
que alguém se lembrou de talhar.
Olha-se em frente
quase a perder de vista
quebram-se vagas sinuosas para edificar,
um mundo fundado a todas as cores do impossível
enraizadas no meio do firmamento,
afirmando o resultado indeclinável:
O Amor.
Que só lhe conheço a sua estranheza.

O que fica aqui registado, não lhe atribuo qualquer ênfase. É uma estranheza dispersa, dirigido ao outro-eu.
(Inspirado no filme: “ O amor é um lugar estranho”)

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Jueves, Octubre 30, 2008 - 19:55

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Re: Só lhe conheço a sua estranheza

Ler-te nestes versos foi uma sensação de "déjà-vu", uma estranheza que se entranhou...
Saber que a tua inspiração foi um dos meus filmes de sempre também deve ter contribuído para tal.

Beijo.

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