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Chegou a tua mensagem
Naquele dia
E nem sequer fiquei a imaginar
Mas claro
Se nem te conhecia
Como querias
Que ficasse a te esperar?

Eu respondi instantaneamente
E vi a tua resposta prontamente
Com doces palavras a me encantar
E automaticamente, respondi

E recebi a contra-resposta
Pensei até que nem queria ler
Porém eu li de modo sorridente
Interagindo contigo novamente

E enquanto aguardo calmamente
Eu invento sentir aquela emoção
Recordando, sorrio docemente
O que gravei junto ao coração

Ainda espero...
Mas espero simplesmente
Para mim parecerá indiferente
Se quiseres responder ou não

Mas já surpreendi o inconsciente
Visualizando o teu dedilhar
Ao tecado, absorto e enigmático
Seria uma pena se fosse impressão

Pena?
Que pena!?
Mas o que disse agora?
É tudo pragmático

Estamos na era digital
Pena, lápis, caneta, coisa e tal
Nada mais será estático
Tudo isso já era


Mas quem sabe eu esteja perdida
Saída da Era Medieval
Das Cantigas de Amigo
Da serenata, do madrigal

Da cantiga de Amor
Do amor platônico
Do amor anônimo
Da poesia à moda provençal

E tua réplica, demora, demora...
E se não te esperava
Por que te espero agora?

É um sentimento inusitado
Nem alegre nem triste
É quase indiferente
Passivo, indícios de apatia

Pode ser até que nem deseje
Que haja resposta, realmente
Ou que me retornes algum dia

É...
Eu ainda não sei exatamente
O que pensar de mim ou de ti

Mas se não houver mais interação
À mensagem que ora escrevi
Tudo descanse em paz
Tudo jaz
Tudo termina aqui.

 

Lourdes Ramos
 

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Jueves, Mayo 26, 2011 - 17:31

Poesia :

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