Trim!... Trim!... Enxugam-se as remelas

Trim… Trim…

Ecoa o estridente
toque do despertador…

No balbuciar inaudível
disparam-se impropérios
por entre cegas olheiras…

Atavia-se a indumentária,
enxugam-se as remelas,
escovam-se os cabelos
desta classe operária…

Pequeno-almoço já era,
o transporte público,
esse, não espera…

Cava-se o asfixiante lugar,
nesta categoria precária…

O picar do ponto atrasado
nesta infame grosseria
é corte no ordenado…

No padecer do tempo,
entre enfadonhos intervalos,
é miserável o tormento,
do emprego mal amado…

Afogam-se as mágoas
naquele funéreo destilar
das tabernas pardas…

Vaguear trôpego pela rua,
tropeça no seu triste fado…

O anestesiar do pesadelo…

A loucura elevada ao expoente :-D

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Lunes, Enero 5, 2009 - 16:30

Poesia :

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admin

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Comentarios

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Re: Trim!... Trim!... Enxugam-se as remelas

Por isso escreves...
É a tua tasca virtual.

E o fado, é do bom!

Abraço

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Re: Trim!... Trim!... Enxugam-se as remelas p/ Conchinha

E a Waf é uma bela tasca virtual das palavras :-)

Abraços

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Re: Trim!... Trim!... Enxugam-se as remelas

"O pior mal da escravidão é conservar os cativos na ignorância e bruteza, pela opinião de que são assim mais dóceis, humildes e subordinados."
(Marquês de Maricá)

...somos escravos de nós mesmos. Excelente reflexão. Abraços.

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Re: Trim!... Trim!... Enxugam-se as remelas p/ Gothicum

Somos escravos da nossa ignorância...

Abraços

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