SEM SUTILEZA


Sou homem de rude trato, caipira, nasci no “mato”!
Raízes, não se negam, nem as relegam ao anonimato.
Rude, não sem-educação, que isso tenho de criação.
A dura luta pela sobrevivência impõe sua condição.

As rudes intempéries moldaram minha têmpera,
Não sou homem de meia-palavra, se digo: lavra!
Concordo, um pouco de sutileza, a vida, tempera;
Eufemismo, no discurso, estilo que suaviza a palavra.

Isso explica, em meus poemas, os versos sem evasiva,
Não uso circunlóquio. Na fala, na escrita a forma incisiva:
Grita! Confesso, tenho tentado ser mais perifrástico.
O Brasil tem poetas mestres da sutileza: fantásticos!

Assim, eu, poeta menor, vou fazendo versos francos,
E, como não sou parnasiano, sem métrica e brancos!
Aprecia no poema a forma? Lê Bilac, Oliveira e Correia. ¹
Se sobrar um tempo, lê-me, verá, a coisa não é tão feia!


 

Submited by

Martes, Junio 14, 2011 - 06:18

Poesia :

Sin votos aún

manoeldealmeida

Imagen de manoeldealmeida
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 13 años 29 semanas
Integró: 06/06/2011
Posts:
Points: 660

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of manoeldealmeida

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Ministério da Poesia/General RESILIÊNCIA 0 1.021 06/07/2011 - 05:47 Portuguese
Ministério da Poesia/General JULGAMENTO DIVINO 0 950 06/07/2011 - 05:47 Portuguese
Ministério da Poesia/General INESGOTÁVEL RESERVATÓRIO 0 520 06/07/2011 - 05:46 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación LIÇÕES PROVERBIAIS 0 878 06/07/2011 - 05:46 Portuguese
Ministério da Poesia/General O MAIS IMPORTANTE... 0 595 06/07/2011 - 05:45 Portuguese
Ministério da Poesia/General CHEIO DE GRAÇA 0 824 06/07/2011 - 05:44 Portuguese
Ministério da Poesia/General “OS MUTANTES” 0 637 06/07/2011 - 05:44 Portuguese
Ministério da Poesia/General SONHO DE TEMPLÁRIO 0 591 06/07/2011 - 05:43 Portuguese
Ministério da Poesia/General “O REI DOS REIS” 0 713 06/07/2011 - 05:43 Portuguese
Ministério da Poesia/General EPITÁFIO DE AGRADECIMENTO 0 651 06/07/2011 - 05:42 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación MANSÃO DE OSSOS 0 570 06/07/2011 - 05:41 Portuguese
Ministério da Poesia/General “DE REPENTE DO RISO FEZ-SE O PRANTO” 0 871 06/07/2011 - 05:41 Portuguese
Ministério da Poesia/General LIMPANDO O SANGUE E A ALMA 0 1.116 06/07/2011 - 05:40 Portuguese
Ministério da Poesia/General CAUDAL DA VIDA 0 745 06/07/2011 - 05:40 Portuguese
Ministério da Poesia/General MISTÉRIO 0 762 06/07/2011 - 05:39 Portuguese
Ministério da Poesia/General “MEDIDA DAS COISAS TRANSITÓRIAS” 0 569 06/07/2011 - 05:39 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación A DOR CEGA 0 766 06/07/2011 - 05:38 Portuguese
Ministério da Poesia/Dedicada XODÓ 0 805 06/07/2011 - 05:37 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación MÃE DILETA 0 965 06/07/2011 - 05:37 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación JUNTO A TODOS, PORÉM, SÓ. 0 648 06/07/2011 - 05:36 Portuguese
Ministério da Poesia/General ALMA DE LUA 0 600 06/07/2011 - 05:36 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación “LIÇÃO DA VIDA” 0 665 06/07/2011 - 05:35 Portuguese
Ministério da Poesia/General “FORMALISMO SOLENE” 0 1.020 06/07/2011 - 05:34 Portuguese
Ministério da Poesia/Pasión PAIXÃO 0 882 06/07/2011 - 05:34 Portuguese
Ministério da Poesia/General HIPÓSTASE 0 582 06/07/2011 - 05:33 Portuguese