Sex Machine
Tipos que se pavoneiam com o rótulo
do másculo viril no bar do engate.
Pura ilusão ou demência no salivar
terminam a fracassada noite na boîte.
Procuram o prazer gratuito
nada têm a dar
Não sabem o que é Amar
São mera cor de rancor.
Bailam os corpos sem emoções
soltam-se gemidos de prazer
(inexistente)
Trocam-se beijos fabricados
Carícias despidas de ternura
erecção de nano segundos…
Na satisfação insatisfeita
julgam-se os maiores galãs!
Não ultrapassam a primeira
Suspiram pelas orgias pagãs!
Na léria recebida ostenta
o desprezível machismo
Pura fantasia recebida
naquele mísero snobismo
Galãs sem eira nem beira
semeiam o rasto do nada
Rostos iguais, uma e outra vez
Heróis... por minutos
mão cheia de nada
Incapazes de dar
Deliram
Apregoam aos sete ventos
Sou um génio do Amor
São ignóbeis cata-ventos
Incapazes de dar calor
Profanam-se sentimentos...corpos
saciam-se desejos e prazer
Animal....inconsciente
Na busca.... insaciável
Noite após noite...
ataca o ogre
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Comentarios
Re: Sex Machine
Olá, irei comentar esta sua entrada fulgurante de duas maneiras. A primeira, a forma literária da sua escrita e uma segunda em jeito de brincadeira, esperando que não leve a mal, pois será uma forma de lhe dar as boas-vindas à nossa comunidade de amigos.
Quanto à sua escrita, vê-se que é alguém com um profundo conhecimento da estrutura morfo-sintáctica da Língua Portuguesa. A utilização de perífrases, tentando dessa maneira utilizar expressões idiomáticas (de uma forma directa) para interpelar o leitor, levando-o à visualização da imagem pretendida. Os morfemas estão em total concordância com os fonemas produzidos (o que me leva a supor, um cuidado estudado), transmitindo fluência no desenvolver da composição. As estrofes estão muito bem conseguidas, simples ou com um grau de complexidade elevado, mas sempre de fácil leitura. Em suma muito bom este seu trabalho. A segunda parte do meu comentário (mais uma vez lhe peço que não leve a mal, pois é mesmo só uma brincadeira) e esta com mais leveza de espírito. Em primeiro lugar e, como é obvio, terei de comentar o seu avatar (imagem) de apresentação. È excepcional, tamanha cultura, despida de preconceitos, nesse seu vestir. Nota-se a pureza da forma humana, nesse seu todo. O corpo perfaz a imagem da alma, transmitindo a quem o vê uma capacidade enorme de resistência ao frio (pelo menos na imagem parece que está num sitio gelado) o que me leva a pensar que o seu nome de guerra SEMPREEMPE deve-se ao facto, de devido a esse frio, de tudo que possui estar firme e hirto como uma barra de ferro… Quanto ao seu tailleur, embora eu não perceba nada de moda e se aquilo que eu disser estiver errado, a ninfa da moda da Waf poderá me corrigir. Penso que esse seu modelo será de certeza a nova colecção Primavera/Verão de Fátima Lopes (devido à pouca quantidade de roupa usada no modelo, como é normal nas suas colecções), penso que se deveria ter inspirado na banda Norte-Americana Village People, quanto às botas o gato das botas deve de estar aflito, já tem concorrência.. Termino com dois reparos, dois pormenores de classe: O primeiro a falta de um chicote na mão esquerda (transmitiria um ar mais forte de macho man e o segundo, a sua pistola… deveria sair dela uma daquelas bandeirinhas (do cano) que aparece na banda desenhada a dizer “DÁ-ME Tiros”. Agradeço a sua vinda a esta comunidade lembrando-lhe que este meu comentário nada teve de xenofóbico e foi, simplesmente, uma forma de lhe dar um abraço (virtual e distante). Seja bem vindo e escreve pois tem dom para isso. Cordialmente, Sombras Negras.