Escrevo como um alfaiate que sabe de cor as medidas do teu corpo
Escrevo como um alfaiate
Que sabe de cor as medidas do teu corpo
E lhe sobra pano a toda a palma
Para te desabotoar absorto
Sou o que de ti fica quando parte
Estranha alegria no regresso
Escrevo como um artesão a alma
Mesmo que morra em cada verso
E quando assim te digo e costuro
Quase penso que consigo
Ir mais além e roçar a arte
E gizar neste atelier de palavras o futuro
Lembras-te quando te vestia de luar
Prendia estrelas no tecido da tua pele
E te pedia que me ensinasses a voar?
Nosso amor era como hoje branco como papel
Em cada palavra me descubro
E ainda te chamo
Tudo por dizer do que te amo
Que não finda de tão rubro.
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Sábado, Enero 31, 2009 - 01:03
Poesia :
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Comentarios
Re: Escrevo como um alfaiate que sabe de cor as medidas d...
Um poema bem escrito, gostei!!! :-)
Re: Escrevo como um alfaiate que sabe de cor as medidas d...
Agradeço imenso a vossa generosidade.
Re: Escrevo como um alfaiate que sabe de cor as medidas d...
Um alfaiate pessoal com mãos de vento, tecidos de lua e linhas de vida.
Gostei muito, José!
Bjs
Re: Escrevo como um alfaiate que sabe de cor as medidas d...
Muito bom, para variar...
Abraço