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Amores sujos
I
Ouço uma água cair,
Vejo um corpo nu
Pela fresta de uma porta entreaberta.
Entreabertos estão meus olhos
Meu olhar me denuncia
E a imagem que vejo
Me causa espanto,
Me causa horror,
Me causa fascínio,
Me causa atração.
Sinto repulsa. Toco. Sinto prazer.
Sinto prazer. Toco. Sinto repulsa.
Mãos pequenas invadidas
Pelo gigantismo.
Olhar pequeno diante de uma carga de eletricidade
Que circula ininterruptamente.
Restos, sobras, dejetos, escuridão,
Mau odor, reticência...
Meus amores se constroem às margens, na sujeira:
Inadequações fálicas
Uso inadequado de um corpo que se
Coloca no lugar de abuso – abusado.
Inadequações pênicas de um gozo abusado:
Um corpo, uma água, uma
Fresta, um buraco.
Um buraco, uma fresta, uma água, um corpo, uma marca.
Uma marca, uma entrada,
Um silêncio.
Uma palavra bem-dita
Oferecerá palavras novas,
Novos amores, fazeres novos
Ao amor marginal:
é preciso des-marginalizar o amor.
II
Caminhos por ruas movimentadas em uma expectativa errante.
Caminho por uma rua estreita, escura, movimentada.
Corpos que vão e vêm
Desejos que não se encontram.
Uma dimensão que não faz par com outra dimensão:
Torto, torto, torto.
Insuportável, insustentável, intransitável.
Caminho por árvores escuras, movimentadas, apalpadas.
Movimentos bruscos de uma invasão angustiada
De uma invasão sem litoral.
Caminho por ruas desertas, caminhadas sobre rodas,
Caminhadas abrigadas.
Caminho por espaços sagrados
Que expurgam as ruas escuras
As ruas movimentadas
As árvores escuras
Os amores sujos.
III
Após a Confissão os amores encontram possibilidades...
... limpeza
... sujeira
... boa sujeira.
O que está em jogo nos amores sujos?
Caminhos diversos marcados por violência.
Risco de morte.
O riso da morte passa perto
Manipula
Luta
Não vence.
Os amores sujos são modiviciados a cada ida e vinda
A cada fala
A cada palavra
A cada interpretação.
São pássaros da mesma Laia
Que movimentam o saber não-sabido.
Amores sujos que não permanecerão.
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Ministério da Poesia :
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