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Assaz lágrima ao soluço

Mas tu me houveste sussurrado com lágrimas nas palavras
Minha lamparina da inconsciência e meu sol já desgastado
Haveria de se apagar para sempre.
Uma mão falante ao telefone conduz o alfinete à alma mais uma vez
Naqueles descaminhos azuis impiedosos de minha agonia.

Pescai-me com olhos inundados no naufrágio do choro,
Sim, pescai-me do outro lado da linha ligada ao sangue
Pulsante latejante dum coração incrédulo e vacilante.

Tenebroso beijo escuro dizia o que uma têmpora triste
Haveria simplesmente de contar ou embalar na longa etapa
Da despedida ao flanco do som duma pequeníssima gotícula
Arremessada ao rosto encontrando o lago simples no canto dos lábios.

Leva avante um chiado ao ouvido cru à mingua
Ao entardecer da distância,
Enlaçamo-nos separamo-nos morramos
Sobre nós mortos à sepultura
Ainda fica uma leve tonalidade de semente não alimentada.

Urrou com toda dor com toda força da dor
Abruptamente um silente semblante aberto ao ar
Contorcido rosto.
Não. Não!... Não. Não!...

Troas mais uma vez e se apagas
Refugas das trevas e arquitetas o caminho do mesmo,
Bebamos nosso desespero e sorvei esta gota fria
Da consubstancialidade efêmera dum corpo tremulante
Soluçante assaz.

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terça-feira, dezembro 15, 2009 - 19:10

Ministério da Poesia :

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Alcantra

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