CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Despertando o entusiasmo adormecido
Quem estiver aborrecido e entediado com a própria vida certamente irá se identificar com as angústias da protagonista de Shirley Valentine. Shirley é uma mulher comum, dona-de-casa, moradora de um subúrbio inglês cujos filhos estão crescidos e já saíram de casa, com um marido ranzinza e insensível, que se sente insatisfeita com o rumo que sua existência seguiu. Na juventude, ela tinha sonhos e anseios, destacava-se pelo comportamento irreverente e era alegre e cheia de entusiasmo pela vida.
Agora, sua vida se resume a um cotidiano medíocre. O marido grosseiro não a entende nem lhe dá atenção e ela se sente sufocada. Percebe que não realizou seus sonhos nem está vivendo uma vida de verdade. Pergunta-se onde foi parar a jovem que costumava ser e conversa com a parede da casa para aplacar sua solidão. Tem vontade de sair desta mesmice mortal mas hesita, pois tem medo do novo, do inesperado.
Uma esperança surge quando uma amiga a convida a passar duas semanas na Grécia. A princípio, Shirley reluta, pensando em como a casa e o marido ficarão sem ela, mas se encoraja, decidindo viajar, quando vê que o marido e a filha a veem apenas como alguém que tem que estar disponível o tempo todo, pronta a atendê-los. Cansada de sua vida de servilismo, ela viaja.
Indo à Grécia, Shirley se depara com paisagens maravilhosas e amplas, que lhe dão uma nova perspectiva de vida, diferente dos dias monótonos e fechados em sua casa em Londres. Fazendo reflexões, ela pensa nos seus sonhos e frustrações, passa a ver que seus desejos são importantens e conclui que não quer mais viver fazendo sacrifícios pelos outros. Conhecendo a Grécia, ela conclui que seu antigo entusiasmo não estava morto, apenas adormecido, e que ainda tem muita vida dentro de si. Sua coragem juvenil renasce. Shirley Valentine se redescobre.
Quando chega o dia de voltar à Inglaterra, Shirley decide ficar. Ela não quer mais ter sua vida definida pelos outros, quer decidir, ter seus objetivos e desfrutar a vida.
Em um momento, Shirley declara: "Eu costumava ser a mãe. Costumava ser a esposa. Agora, sou Shirley Valentine novamente." Ou seja, ela tem novamente uma identidade, uma personalidade, não sendo mais um ser cuja vida tem que estar vinculada à dos outros para ter significado. Sua existência pode ser plena em si mesma. O próprio marido, ao revê-la, não a reconhece de imediato, porque a mudança de espíriti está nítida na sua postura, no seu rosto. Irá ele aceitar a nova Shirley?
Submited by
Críticas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2720 leituras
other contents of Atenéia
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditação | A alma do poeta | 0 | 2.717 | 08/16/2015 - 19:02 | Português | |
Prosas/Terror | A casa perto da estrada | 1 | 3.860 | 06/16/2014 - 03:08 | Português | |
Poesia/Meditação | A coruja | 0 | 2.197 | 04/25/2013 - 14:49 | Português | |
Poesia/Geral | A força em nós | 1 | 2.104 | 06/24/2014 - 19:58 | Português | |
Prosas/Pensamentos | A ilusão da paixão | 0 | 2.250 | 08/16/2016 - 13:50 | Português | |
Críticas/Filmes | A inevitável comparação | 1 | 3.254 | 04/10/2011 - 06:29 | Português | |
Poesia/Amizade | A little about you | 0 | 4.042 | 12/21/2012 - 12:55 | inglês | |
Poesia/Amizade | A little about you | 0 | 4.717 | 12/21/2012 - 12:55 | inglês | |
Críticas/Filmes | A lógica do medo | 0 | 5.141 | 10/16/2012 - 14:49 | Português | |
Prosas/Mistério | A morte de Sofia 1. ª parte | 0 | 2.038 | 02/06/2015 - 14:14 | Português | |
Prosas/Tristeza | A morte de Sofia 2.ª parte | 0 | 2.810 | 02/10/2015 - 13:42 | Português | |
Prosas/Tristeza | A morte de Sofia 3.ª parte | 0 | 2.232 | 03/11/2015 - 15:00 | Português | |
Poesia/Fantasia | A mulher do quadro | 0 | 2.186 | 08/17/2014 - 13:19 | Português | |
Poesia/Gótico | A musa da tristeza | 0 | 2.184 | 10/09/2014 - 14:49 | Português | |
Críticas/Filmes | A princesa rebelde | 0 | 2.682 | 08/12/2012 - 10:53 | Português | |
Poesia/Meditação | A qualquer momento | 0 | 2.081 | 08/28/2014 - 14:28 | Português | |
Prosas/Pensamentos | A questão da existência | 0 | 2.299 | 07/22/2013 - 19:45 | Português | |
Críticas/Filmes | A reumanização da Fera | 0 | 3.555 | 01/26/2014 - 19:59 | Português | |
Críticas/Livros | A sedução de Carmilla | 0 | 3.310 | 05/01/2015 - 10:20 | Português | |
Poesia/Gótico | A velha do saco de ossos | 0 | 4.594 | 11/23/2016 - 16:45 | Português | |
Poesia/Meditação | A verdade | 0 | 2.276 | 12/08/2015 - 14:44 | Português | |
Prosas/Pensamentos | A vida seria mais fácil? | 0 | 1.874 | 06/26/2015 - 14:29 | Português | |
Poesia/Meditação | Acabou o tempo | 0 | 2.095 | 12/02/2015 - 20:36 | Português | |
Poesia/Geral | Afasta-te | 0 | 2.109 | 10/04/2016 - 14:08 | Português | |
Poesia/Meditação | Again | 0 | 2.576 | 11/24/2013 - 01:30 | inglês |
Add comment