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sem tempo
há um tempo que não espera...
o vazio da hora exacta,
percorrido por sonhos etiquetados...
abalroados antes de nascer.
há um tempo que não espera...
a espera do ombro,
carcomido de lamentos,
de sonos putrefactos de nadas.
há um tempo que não espera...
a hora alinhavada e moribunda,
dos que gravitam em fragmentos argilosos,
esperando...
o sangue sombrio da ilusão.
Eduarda
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domingo, março 4, 2012 - 19:06
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Eduarda
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