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APÓLOGOS XXVI

26

O leão e o porco

O rei dos animaes, o rugidor leão
Com o porco engraçou, não sei porque razão.
Quiz empregal-o bem para tirar-lhe a sorna;
(A quem torpe nasceu nenhum enfeite adorna),
Deu-lhe alta dignidade, e rendas competentes,
Poder de despachar os brutos pretendentes,
De reprimir os maus, fazer aos bons justiça,
E assim cuidou vencer-lhe a natural preguiça;
Mas em vão, porque o porco é bom só para assar
E a sua occupação dormir, comer, fossar.
Notando-lhe a ignorancia, o desmazelo, a incuria,
Soltavam contra elle injuria sobre injuria
Os outros animaes, dizendo-lhe com ira:
«Ora o que o berço dá, sómente a cova o tira! »
E elle, apenas grunhindo a vilipendios taes,
Ficava muito enchuto. Attenção n'isto, oh paes !
Dos filhos para o genio olhae com madureza;
Não ha poder algum, que mude a natureza:
Um porco ha de ser porco, inda que o rei dos bichos
O faça cortezão pelos seus vãos caprichos.

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domingo, outubro 11, 2009 - 17:58

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Bocage

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