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Ave, Maria

Maria, doce Mãe dos desvalidos,
A ti clamo, a ti brado!
A ti sobem, Senhora, os meus gemidos,
A ti o hino sagrado
Do coração de um pai voa, ó Maria,
Pela filha inocente.
Com sua débil voz que balbucia,
Piedosa mãe clemente,
Ela já sabe, erguendo as mãos tenrinhas,
Pedir ao Pai dos Céus
O pão de cada dia. As preces minhas
Como irão ao meu Deus,
Ao meu Deus que é teu filho e tens nos braços,
Se tu, mãe de piedade,
Me não tomas por teu? Oh!, rompe os laços
Da velha humanidade;
Despe de mim todo outro pensamento
E vã tenção da Terra;
Outra glória, outro amor, outro contento
De minha alma desterra.
Mãe, oh!, Mãe, salva o filho que te implora
Pela filha querida.
De mais tenho vivido, e só agora
Sei o preço da vida,
Desta vida, tão mal gasta e prezada
Porque minha só era...
Salva-a, que a um santo amor está votada,
Nele se regenera.

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sábado, abril 11, 2009 - 17:38

Poesia Consagrada :

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AlmeidaGarrett

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