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Castelo de Óbidos

Castelo de Óbidos

Quando se erguerão as seteiras,
Outra vez, do castelo em ruína,
E haverá gritos e bandeiras
Na fria aragem matutina?

Se ouvirá tocar a rebate
Sobre a planície abandonada?
E sairemos ao combate
De cota e elmo e a longa espada?

Quando iremos, tristes e sérios,
Nas prolixas e vãs contendas.
Soltando juras, impropérios,
Pelas divisas e legendas?

.......................................
.......................................
.......................................
.......................................

E voltaremos, os antigos
E puríssimos lidadores,
(Quantos trabalhos e perigos!)
Quase mortos e vencedores?

E quando, ó Doce Infanta Real,
Nos sorrirás do belveder?
– Magra figura de vitral,
Por quem nós fomos combater...

O meu coração desce,
Um balão apagado...
– Melhor fora que ardesse,
Nas trevas, incendiado.

Na bruma fastidienta,
Como um caixão à cova...
– Porque antes não rebenta
De dor violenta e nova?!

Que apego ainda o sustém?
Átomo miserando...
– Se o esmagasse o trem
Dum comboio arquejando!...

O inane, vil despojo
Da alma egoísta e fraca!
Trouxesse-o o mar de rojo,
Levasse-o na ressaca.

Camilo Pessanha

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quinta-feira, abril 9, 2009 - 22:28

Poesia Consagrada :

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CamiloPessanha

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