CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Charles Baudelaire : O Morto prazenteiro

Onde haja caracoes, n'um fecundo torrão,
Uma grandiosa cova eu mesmo quero abrir,
Onde repouse em paz, onde possa dormir,
Como dorme no oceano o livre tubarão.

Detesto os mausoleus, odeios os monumentos,
E, a ter de suplicar as lágrimas do mundo,
Prefiro oferecer o meu carcaz imundo,
Qual precioso manjar, aos corvos agoirentos.

Verme, larva brutal, tenebroso mineiro,
Vae entregar-se a vós um morto prazenteiro,
Que livremente busca a treva, a podridão!

Sem piedade, minae a minha carne impura,
E dizei-me depois se existe uma tortura
Que não tenha sofrido este meu coração!

Submited by

sábado, maio 23, 2009 - 20:52

Poesia Consagrada :

No votes yet

Baudelaire

imagem de Baudelaire
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 14 anos 13 semanas
Membro desde: 12/29/2008
Conteúdos:
Pontos: 199

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Baudelaire

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Obsessão 0 760 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Sedução do Nada 0 813 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Spleen 0 657 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Tédio 0 751 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : O Ideal 0 634 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : A Giganta 0 792 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Perfume Exótico 0 793 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Intangível 0 1.031 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Génio do Mal 0 669 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Sed non satiata 0 1.222 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Esterilidade 0 645 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Os Mochos 0 1.101 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Os Mochos 0 758 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : A Música 0 767 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Sepultura d'um poeta maldito 0 997 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Uma gravura fantástica 0 471 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : O Morto prazenteiro 0 651 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : O Tonel do Rancor 0 609 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Elevação 0 672 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : Correspondências 0 926 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : A Musa Enferma 0 638 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : A Musa Venal 0 744 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : O Monge Maldito 0 784 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : O Inimigo 0 841 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral Charles Baudelaire : O Azar 0 887 11/19/2010 - 15:54 Português