CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

EPITHALAMIUM I

I

Set ope all shutters, that the day come in
Abram-se as janelas e que entre o dia
Like a sea or a din!
Como um mar de ruído!
Let not a nook of useless shade compel
Nem reste um canto de vã sombra a compelir
Thoughts of the night, or tell
Pensares noturnos, ou contar
The mind's comparing that some things are sad,
Ao cotêjo da mente que há coisas tão tristes
For this day all are glad!
Neste dia de tanta alegria.
'Tis morn, 'tis open morn, the full sun is
É manhã, manhã aberta, o pleno Sol
Risen from out the abyss
Ascendeu do abismo
Where last night lay beyond the unseen rim
Onde à noite estêve além do inviso arco
Of the horizon dim.
Do horizonte fôsco.
Now is the bride awaking. Lo! she starts
Vai despertando a noiva. Eis!
To feel the day is home
Começa a sentir que entra o dia
Whose too-near night will put two different hearts
Cuja noite tão logo fará dois diferentes corações
To beat as near as flesh can let them come.
Bater tão perto quanto a carne o permitir.

Guess how she joys in her feared going, nor opes
Pensai quanto se alegra no temido ir-se,
Her eyes for fear of fearing at her joy.
Nem abre os olhos de medo de temer a alegria.
Now is the pained arrival of all hopes.
Já é a vinda dorida de toda a esperança.
With the half-thought she scarce knows how to toy.
Com tal pressentir ela nem sabe bem brincar.
Oh, let her wait a moment or a day
Oh, deixai que espere um instante, um dia
And prepare for the fray
P'ra dispor-se a esta luta
For which her thoughts not ever quite prepare!
À qual seu pensar nem sempre se dispôs!
With the real day's arrival she's half wroth.
Vindo o dia realmente, está quase irada.
Though she wish what she wants, she yet doth stay.
Se ela anela o que quer, assim mesmo fica.
Her dreams yet merged are
Seus sonhos 'inda imersos são
In the slow verge of sleep, which idly doth
Na tarda margem do sono, que em vão
The accurate hope of things remotely mar.
A precisa espera das coisas vagamente mancha.

Fonte: http://www.cfh.ufsc.br/~magno/

Submited by

terça-feira, setembro 22, 2009 - 17:58

Poesia Consagrada :

No votes yet

FernandoPessoa

imagem de FernandoPessoa
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 13 anos 32 semanas
Membro desde: 12/29/2008
Conteúdos:
Pontos: 745

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of FernandoPessoa

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Sonhei, confuso, e o sono foi disperso 0 396 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Sossega, coração! Não desesperes! 0 1.069 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Sou o Espírito da treva 0 817 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Tenho esperança? Não tenho. 0 560 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Tenho pena até... nem sei. . . 0 418 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Todas as cousas que há neste mundo 0 650 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Uma maior solidão 0 723 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - ...Vaga História 0 768 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - O céu de todos os invernos 0 509 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - O meu coração quebrou-se 0 882 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - O ruído vário da rua 0 556 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - O som do relógio 0 614 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Outros terão 0 343 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Parece às vezes que desperto 0 931 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Parece que estou sossegando 0 825 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Pela rua já serena 0 715 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Paira no ambíguo destinar-se 0 634 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Dói viver, nada sou que valha ser. 0 813 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Doura o dia. Silente, o vento dura 0 434 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Análogo começo 0 445 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Por quem foi que me trocaram 0 1.360 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Qual é a tarde por achar 0 470 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Lá fora onde árvores são 0 596 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Leve no cimo das ervas 0 781 11/19/2010 - 16:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Mais triste do que o que acontece 0 429 11/19/2010 - 16:55 Português