CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

FASTOS DAS METAMORPHOSES XVIII

A apotheosis de Eneas

(Traduzido do Livro XIV)

Já do piedoso Enéas a virtude
Enternecera os deuses, extinguira
Da propria Juno a malquerença idosa;
E, firme a herança do crescente Ascanio,
Repouso ao pae cabia, era já tempo
De ir lograr-se dos céos o heróe troyano.
Venus por elle interessara os numes.
E de Jove abraçando o collo augusto:
«Pae, nunca repugnante a meus desejos,
De teu amor (lhe diz) o extremo apura.
Clementissimo attende ás preces minhas.
Meu caro Enéas, que é por mim teu neto,
Gráo de nume inferior alcance ao menos,
De algum modo nos céos meu filho admitte.
Bem lhe basta uma vez entrar no reino
Onde é tudo aversão, tristeza tudo,
E haver passado por estygias ondas.»
Soou a approvação dos deuses todos,
Nem Saturnia ficou de aspecto immovel,
Antes affavel annuiu ao rogo.
Então lhe disse o pae: «Sois dignos ambos
Tu, e teu filho da celeste graça.
Cumpre o desejo em fim.» — Calou se Jove.
Com vozes gratas a exultante deusa
A mercê retribue, e, conduzida
Nas auras leves pelas niveas pombas,
Desce á margem Laurente, onde serpêa
O Numicio, de canas assombrado,
Levando ao mar visinho as vitreas agoas.
A linda Cytheréa ordena ao rio
Que tudo o que é da morte a Enéas lave,
E em silencio no mar depois esconda.
As ordens o deus humido executa;
Tudo quanto é mortal extráe de Enéas,
E co'a pura corrente o volve puro:
A parte só que é optima lhe deixa.
Eis a amorosa mãe o aromatiza,
Unge de oleo divino o corpo amado,
Honra-lhe os labios de ambrosia, e nectar,
Deus o faz, que dos povos de Quirino
Indigete é chamado, e sobe ás aras.

Submited by

domingo, novembro 1, 2009 - 20:27

Poesia Consagrada :

No votes yet

Bocage

imagem de Bocage
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 13 anos 19 semanas
Membro desde: 10/12/2008
Conteúdos:
Pontos: 1162

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Bocage

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia Consagrada/Geral CANÇONETAS I 0 810 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral CANÇONETAS II 0 878 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral CANÇONETAS III 0 772 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral CANÇONETAS IV 0 689 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral CANÇONETAS V 0 714 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral CANÇONETAS VI 0 658 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral CANÇONETAS VII 0 704 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral ENDECHAS I 0 625 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral ENDECHAS II 0 718 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral RETRATOS I 0 529 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral RETRATOS II 0 990 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral QUADRAS I 0 571 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral QUADRAS II 0 591 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral QUADRAS III 0 938 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral TRABALHOS DA VIDA HUMANA 0 840 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral ALLEGORIAS I 0 1.245 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral ALLEGORIAS II 0 1.272 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral GLOSAS I 0 738 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral GLOSAS II 0 648 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral GLOSAS III 0 686 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral GLOSAS IV 0 1.078 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral GLOSAS V 0 930 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral GLOSAS VI 0 832 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral GLOSAS VII 0 375 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Geral GLOSAS VIII 0 763 11/19/2010 - 15:54 Português