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GLOSAS III

3

Defender os patrios lares,
Dar a vida pelo rei,
É dos lusos valorosos
Caracter, costume, e lei.

GLOSA

Fernando avilta o brazão
De eternos avós herdado;
Fernando, a delicias dado,
Perde gloria, e coração:
Eis o primeiro João
Surge fausto entre os azares;
Dissipa torpes pezares,
E vai co'a tremenda espada,
Co'a gloria resuscitada
«Defender os patrios lares.»

Correm tempos, e o destiuo
De Lysia outra vez se altera;
No berço Bellona fera
Bafeja real menino:
Cresce, e infausto desatino
O move contra Mulei:
Ai! Segue-o submissa grei,
Lusas mãos pendões desferem,
E até na injustiça querem
«Dar a vida pelo rei.»

Cáe o moço miserando
Sobre as barbaras arêas;
Rebenta o sangue das vêas,
Inda victoria anhelando:
Férreo jugo, intruso mando
Nos turva os annaes lustrosos:
Serie de tempos nublosos,
Que a Roma cadêas lança,
(Bem como os da gloria) herança
«É dos lusos valorosos.»

Rompe emfim de Lysia o somno
Alto impulso repentino,
E o renovo bragantino
Reluz no remido throno:
Oh lusos ! Celeste abono
Verificae, merecei:
Duro assalto removei;
Jus vos dão para a victoria
Um Deus, a razão, a historia,
«Caracter, costume, e lei.»

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segunda-feira, setembro 21, 2009 - 00:50

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Bocage

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