CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
GLOSAS LV
5 5 A minha Lilia, morreu, Assim como as flores vivem A minha Lilia viveu; Assim como as flores morrem «A minha Lilia morreu.» Assomando o negro dia, Ave sinistra gemeu: Cumpriu-se o funesto agouro: «A minha Lilia morreu.» Desfalece, oh Natureza, Acelera o fado teu; Esta voz te guie ao nada: «A minha Lilia morreu.» Fadou-me o caso medonho Vate, que nos astros leu; Os vates são como os numes: «A minha Lilia morreu.» Que é do sol? Que é do universo? Tudo desapareceu; Foi-se toda a Natureza: «A minha Lilia morreu. A minha ventura, e Lilia N'um só laço Amor prendeu: Morreu a minha ventura, «A minha Lilia morreu.» Em parte da minha essencia Minha essencia pereceu; Não vivo senão metade: «A minha Lilia morreu.» Oh quanto ganhava o mundo ! Oh quanto o mundo perdeu ! Doce lucro, e triste perda ! «A minha Lilia morreu.» Para exultar o universo A minha Lilia nasceu; Para os numes exultarem «A minha Lilia morreu.» Meu coração desgraçado, Desgraçado porque és meu, Evapora-te em suspiros: «A minha Lilia morreu.» As estrelas se apagaram, A Natureza tremeu, Os promontorios gemeram, «A minha Lilia morreu.» Disse, ao ver sereno efluvio, Que o puro Olympo correu: Aquela é a alma de Lilia, «A minha Lilia morreu.»
Submited by
Poesia Consagrada :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2720 leituras
Add comment
other contents of Bocage
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia Consagrada/Soneto | Soneto ao Árcade Lereno | 0 | 2.533 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Soneto ao Leitão | 0 | 1.573 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Soneto Arcádico | 0 | 1.947 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Soneto da Amada Gabada | 0 | 3.219 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Erótico | A Ulina | 0 | 3.849 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Meditação | Auto-retrato | 0 | 3.475 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | À morte de Leandro e Hero | 0 | 1.284 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Cantata à morte de Inês de Castro | 0 | 1.762 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Cartas de Olinda e Alzira | 0 | 1.946 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia/Erótico | Arreitada donzela em fofo leito | 3 | 2.143 | 02/28/2010 - 12:18 | Português | |
Poesia/Erótico | Lá quando em mim perder a humanidade | 1 | 1.991 | 02/28/2010 - 12:15 | Português |
Comentários
«A minha Lilia morreu.»
«A minha Lilia morreu.»
A tristeza de perder alguem
A tristeza de perder alguem amado transmitida em versos!!!
Esplêndido texto....
Eternamente Lilia....