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GLOSAS XIV

14

Quem póde deixar de amar ?

Amor, doce flamma acceza
Nos céos, pela mão de Jove,
Agita, transporta, e move,
O seio da Natureza:
O leão despe a braveza,
Se o vem leôa amimar;
No salso bojo do mar
Arde o mudo nadador;
O mundo todo é amor;
«Quem póde deixar de amar?»

Lilia, se vê genios duros,
A atacal-os se resolve,
E co'um ar magico volve
A elles os olhos puros:
Eis que vê soberbos muros
Sobre a terra a baquear;
Lilia depois de ganhar
Immensos louros, que ajunta,
Com um sorriso pergunta:
«Quem póde deixar de amar?»

Perguntei á natureza
No seu alcaçar sublime,
Qual era o mais torpe crime
Que infectava a redondeza?
Ella que meus cultos préza,
E me franquêa o altar,
Respondeu-me a prantear,
Exhalando um ai ancioso:
«Ah ! E' o mais criminoso
«Quem póde deixar de amar.»

Mandou o supremo auctor
Ao mundo esta paixão doce,
Para que alimento fosse
Da terrea machina Amor:
De tudo se fez senhor,
Em tudo erigiu altar;
Quem a Amor pretende obstar
Transgride uma lei divina;
E o fim do mundo machina
«Quem póde deixar de amar.»

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segunda-feira, outubro 5, 2009 - 15:51

Poesia Consagrada :

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Bocage

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