CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
GLOSAS XIX
19
Analia terna, e constante.
No triste imperio da Morte
Vagueei já turvo dia ;
Eis que em minha alma sentia
Um desusado transporte:
Tu, que reges minha sorte,
Que sempre me está diante,
Oh! Feliz o teu amante
Quando baixar ao jazigo,
Se repousares commigo,
«Analia terna, e constante!»
Consta o bem da humanidade
Em objectos mui diff'rentes;
Alguns existem nas mentes,
Outros vivem na verdade:
Estes que tem dignidade
Dá-os sciencia brilhante,
Outros um gráo triumphante,
Palma, louvor, gloria, louro;
Mas inda é maior thesouro,
«Analia terna, e constante.»
Entre os teus mimos, e a vida
Não acho nenhum espaço;
Desate-se aquelle laço
Se esta prisão fôr partida;
A minha alma sempre erguida
N'uma idea relevante,
Não imita indigno amante,
Que aspira a tenue prazer;
Ou possuir-te, ou morrer,
«Analia, terna, e constante.»
Iremos ambos unidos
Onde nossas almas voam,
Ou onde os prazeres soam,
Ou onde soam gemidos:
Ambos seremos punidos
Feliz um, e outro amante,
Soará no céo brilhante,
Soará no escuro inferno,
Josino constante, e terno,
«Analia terna, e constante.»
A natureza corrupta
É objecto ante quem tremo;
Nem padece mal supremo,
Nem bem supremo desfructa:
Ora o vicio amado enluta
Esta machina ambulante,
Ora a virtude anda errante,
Entre temor, e incerteza;
Ah ! Corrige a natureza,
«Analia terna, e constante.»
Submited by
Poesia Consagrada :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1266 leituras
other contents of Bocage
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia Consagrada/Soneto | Soneto ao Árcade Lereno | 0 | 2.508 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Soneto ao Leitão | 0 | 1.551 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Soneto Arcádico | 0 | 1.929 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Soneto da Amada Gabada | 0 | 3.197 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Erótico | A Ulina | 0 | 3.824 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Meditação | Auto-retrato | 0 | 3.430 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | À morte de Leandro e Hero | 0 | 1.232 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Cantata à morte de Inês de Castro | 0 | 1.721 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Cartas de Olinda e Alzira | 0 | 1.881 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia/Erótico | Arreitada donzela em fofo leito | 3 | 2.117 | 02/28/2010 - 12:18 | Português | |
Poesia/Erótico | Lá quando em mim perder a humanidade | 1 | 1.954 | 02/28/2010 - 12:15 | Português |
Add comment