CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Não me deixes!
Debruçada nas águas dum regato
A flor dizia em vão
À corrente, onde bela se mirava:
"Ai, não me deixes, não!
"Comigo fica ou leva-me contigo
"Dos mares à amplidão;
"Límpido ou turvo, te amarei constante;
"Mas não me deixes, não!"
E a corrente passava; novas águas
Após as outras vão;
E a flor sempre a dizer curva na fonte:
"Ai, não me deixes, não!"
E das águas que fogem incessantes
À eterna sucessão
Dizia sempre a flor, e sempre embalde:
"Ai, não me deixes, não!"
Por fim desfalecida e a cor murchada,
Quase a lamber o chão,
Buscava inda a corrente por dizer-lhe
Que a não deixasse, não.
A corrente impiedosa a flor enleia,
Leva-a do seu torrão;
A afundar-se dizia a pobrezinha:
"Não me deixaste, não!"
Submited by
Poesia Consagrada :
- Se logue para poder enviar comentários
- 781 leituras
other contents of AntonioGoncalvesDias
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Fotos/ - | Gonçalves Dias | 0 | 1.068 | 11/24/2010 - 00:37 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Rosa no mar! | 0 | 844 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Sempre ela | 0 | 894 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Se muito sofri já, não me perguntes | 0 | 767 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Amor | Se se morre de amor | 0 | 1.601 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Sobre o túmulo de um menino | 0 | 804 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Voltas e mortes glosados | 0 | 1.035 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Zulmira | 0 | 817 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Minha terra! | 0 | 1.001 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Não me deixes! | 0 | 781 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | No jardim! | 0 | 847 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Amor | O Amor | 0 | 1.600 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | O Gigante de Pedra | 0 | 798 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Oh! Que acordar! | 0 | 866 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Olhos Verdes | 0 | 966 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | O que mais dói na vida | 0 | 830 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Palinódia | 0 | 833 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Pensas tu, bela Anarda, que os poetas | 0 | 1.174 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Que me Pedes | 0 | 864 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Retratação | 0 | 1.063 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Rola | 0 | 958 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | A Tempestade | 0 | 1.041 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | As artes são irmãs | 0 | 888 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | As duas coroas | 0 | 925 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Canção | 0 | 906 | 11/19/2010 - 16:54 | Português |
Add comment