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O Bispo Negro - Capítulo III

Pela alvorada, muito antes de romper o sol no dia seguinte, Lourenço Viegas passeava com o principe na sala d'armas do paço mourisco.

"Se eu proprio o vi, montado na sua boa mula, ir lá muito ao longe, caminho da terra de Sancta Maria! Na porta da sé estava pregado um pergaminho com larga escriptura, que, segundo me affirmou um clerigo velho que ahi chegára quando eu olhava para aquella carta, era o que elles chamam o interdicto. — Isto dizia o Espadeiro, olhando para todos os lados, como quem receiava que alguem o ouvisse.

"Que receias, Lourenço Viegas? Dei a Coimbra um bispo que me excommunga, porque assim o quiz o papa: dar-lhe-hei outro que me absolva, porque assim o quero eu. Vem comigo á sé. Bispo D. Bernardo, tarde será o arrepender-te da tua ousadia!"

D'alli a pouco as portas da sé estavam abertas, porque o sol era nado, e o principe, acompanhado de Lourenço Viegas e de dous pagens, atravessava a igreja, e dirigia-se á crasta, onde ao som de campa tangida tinha mandado ajunctar o cabido, com pena de morte para o que ahi faltasse.

*Conto Popular Português de Autor Desconhecido, compilado por Alexandre Herculano

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sábado, abril 11, 2009 - 20:29

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AlexandreHerculano

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