CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Relógio, morre

Relógio, morre

Quem vende a verdade, e a que esquina?
Quem dá a hortelã com que temperá-la?
Quem traz para casa a menina
E arruma as jarras da sala?

Quem interroga os baluartes
E conhece o nome dos navios?
Dividi o meu estudo inteiro em partes
E os títulos dos capítulos são vazios...

Meu pobre conhecimento ligeiro,
Andas buscando o estandarte eloqüente
Da filarmônica de um Barreiro
Para que não há barco nem gente.

Tapeçarias de parte nenhuma
Quadros virados contra a parede ...
Ninguém conhece, ninguém arruma
Ninguém dá nem pede.

Ó coração epitélico e macio,
Colcha de crochê do anseio morto,
Grande prolixidade do navio
Que existe só para nunca chegar ao porto.

Fonte: http://www.secrel.com.br/jpoesia/fpesso.html

Submited by

terça-feira, setembro 29, 2009 - 14:41

Poesia Consagrada :

No votes yet

FernandoPessoa

imagem de FernandoPessoa
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 14 anos 17 semanas
Membro desde: 12/29/2008
Conteúdos:
Pontos: 745

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of FernandoPessoa

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - Às vezes entre a tormenta 0 882 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - Atravessa esta paisagem o meu sonho 0 1.066 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - Autopsicografia 0 958 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - (?) Azul ou verde ou roxo 0 868 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - Baladas de uma outra terra 0 1.055 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - Bate a luz no cimo... 0 827 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - Brilha uma Voz na Noute ... 0 977 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - Canção 0 772 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Vendaval 0 641 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Vou com um passo como de ir parar 0 845 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - Abat-Jour 0 1.295 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - Abdicação 0 715 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - Abismo 0 774 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - A Grande Esfinge do Egito 0 754 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - A minha vida é um barco abandonado 0 703 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - A morte chega cedo 0 1.249 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - Andei léguas de sombra 0 599 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - A alcova 0 943 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Cancioneiro - Ao longe, ao luar 0 880 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Quanta mais alma ande no amplo informe 0 1.618 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Que suave é o ar! Como parece 0 735 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Relógio, morre 0 989 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Se alguém bater um dia à tua porta 0 721 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Se tudo o que há é mentira 0 945 11/19/2010 - 15:55 Português
Poesia Consagrada/Geral Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Sim, tudo é certo logo que o não seja 0 1.469 11/19/2010 - 15:55 Português