CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
A Pyramide no deserto
Além na solidão, sobre os desertos,
Tu só te ergues altiva e apontas céos;
E deixas, sobranceira ás tempestades,
Rugir de um mar de areia os escarcéos!
Tu só! Quem te creou? Mysterio immenso
Ao nascer te encobriu, te envolve o sêr...
E agora eis-te, rival das serranias,
Como ellas condemnada a não morrer.
Tu só! Além, na extrema do horizonte,
Passa o Arabe no auge do furor,
Luz-lhe na mão o alfange, o olhar fuzila,
Vão com elle em tropel morte e terror!
Mas lá surge do accaso arroxeado,
Ao mando de medonho furacão,
Nuvem de ardente pó que rue sobre elle,
Que o sepulta em deserto, árido chão.
Mas tu sorris ás furias da tormenta,
Não temendo arrostal-a inda uma vez,
E ella, a que troou pelos espaços,
Vem tremendo morrer-te ahi aos pés.
Do cimo sublimado, erguido ás nuvens,
Vês os sec'los nascer, ruir no pó;
E em meio da ruina dos imperios
Ficas tu, ó gigante, eterno e só!
Além, n'esse deserto a quem assombras,
Que vidas, que paixões se hão revolvido!
E a todas o deserto, qual sudario,
Nas dobras da mortalha ha envolvido.
Tu podes apontar ao viajante
Um nome ou um logar na solidão:
Dizer — Alli, Palmira foi cidade —
— Aqui, foi um heroe Napoleão. —
Tu só podes dizel-o. Quem mais sabe,
Que pó envolve agora o que morreu?
Quem pode differençar, n'um mar infindo,
Um pó de um outro pó que o envolveu?
Só tu! Na solidão, sobre os desertos,
Tu só te ergues altiva, e apontas céos;
E deixas, sobranceira ás tempestades,
Rugir de um mar de areia os escarcé
Submited by
Poesia Consagrada :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1216 leituras
other contents of AnterodeQuental
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia Consagrada/Soneto | Lamento | 0 | 562 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Poz-te Deus sobre a fronte a mão piedosa | 0 | 641 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | A Santos Valente | 0 | 1.004 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Tormanto do Ideal | 0 | 593 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Aspiração | 0 | 557 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Se comparo poder ou ouro ou fama | 0 | 588 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Psalmo | 0 | 597 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | No céu, se existe um céu para quem chora | 0 | 581 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Se é lei, que rege o escuro pensamento | 0 | 997 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Só! - Ao ermita sozinho na montanha | 0 | 758 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Sempre o futuro, sempre! e o presente | 0 | 734 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Por que descrês, mulher, do amor, da vida? | 0 | 434 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Não me fales de glória: é outro o altar | 0 | 922 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Só males são reais, só dor existe | 0 | 807 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Ignoto Deo | 0 | 880 | 11/19/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Os captivos | 0 | 701 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Os vencidos | 0 | 595 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Entre sombras | 0 | 764 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | Hino da manhã | 0 | 750 | 11/19/2010 - 15:49 | Português | |
Poesia Consagrada/Soneto | A fada negra | 0 | 657 | 11/19/2010 - 15:49 | Português |
Add comment