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QUADRAS II

2

A Armia

(Imitadas de Parny)

Occulte-se, doce Armia,
Negue-se, minha deidade,
A scena dos nossos gostos
Á nociva claridade.

Nunca os segredos da noute
Contêmos, meu bem, ao dia;
Frios corações ignorem
Nossa mútua sympathia.

Amor em sendo ditoso
Costuma ser imprudente,
E nos gestos de quem ama
Logo o vê quem o não sente.

Por ti receio a viveza
De experta mãe vigilante,
E o Argos, que tem no peito
Um coração de diamante:

Esse espia encanecido,
Alma rispida, e sombria,
Cuja espinhosa virtude
Só com ouro se amacia.

Em quanto luzir de Appollo
O importuno resplendor,
Nãe rutilem nos teus olhos
Desejos que accende Amor,

Se te apparecer Elmano,
Não córes as lindas faces,
Nem o mais leve suspiro
Do coração desenlaces;

Mostra-me um ar distraído,
Como quando os outros vês,
Não haja no teu semblante
Turbação, nem languidez...

Mas ai! Que de quanto disse
Quasi arrependido estou.
Minha Armia, ah não abuses
Dos conselhos que te dou!

Em nome de Amor te rogo
Que nunca em minha presença
Com perfeição arremedes
A descuidada indiff'rença.

«Aquillo é brinco, é disfarce»
Diria... mas oh tormento !
Receoso da verdade
Me deixára o fingimento.

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segunda-feira, setembro 21, 2009 - 00:29

Poesia Consagrada :

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Bocage

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