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RETRATOS II

2

Vive na margem
Do Tejo louro
Candida nympha,
De Amor thesouro.

Madeixas bellas
Ao ar lhe ondêam,
Que os pensamentos
Soltas enlêam:

Seus olhos ternos
De alta belleza
São dous milagres
Da natureza:

A liberdade
Morre de os ver,
Mas tem na morte
Doce prazer:

Em suas lindas
Faces lustrosas
O pejo enfeitam
Jasmins, e rosas:

Nos puros labios
De acceza côr
Mudado em riso
Triumpha Amor.

Um véo lhe some
Globos de neve,
E a phantasia
Só se lhe atreve.

Nas mãos formosas
Mudos desejos
Dão-lhe invisiveis,
Sôfregos beijos.

De mil delicias
Cofre sagrado,
Tão escondido
Quão suspirado.

Recebe d'ella
Virtude tanta,
Que até na idéa
Gosado encanta.

O deus terrivel,
O summo Jove,
Que os céos occupa,
Que os astros move,

Um dia os olhos
Volvendo á terra
Viu esta nympha,
Das almas guerra.

Sentiu de gosto
Doce desmaio,
Mudou de aspecto,
Caíu-lhe o raio.

Pasmou do humano,
Raro portento,
Fugiu-lhe Venus
Do pensamento ;

De novo em cysne
Foi transformar-se,
Mas a Virtude
Soube o disfarce.

Ah ! Se até Jove
Ferve em ternura,
Vendo os encantos
De Armania pura:

Se elles o ferem,
Que mal, que damno
Farão no peito
Do terno Elmano !

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segunda-feira, setembro 21, 2009 - 00:23

Poesia Consagrada :

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Bocage

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