CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Quarto: “O Bagpipe” - Capítulo IV : Justa Vitória é Sempre Malquista

Eis o balanço de Mess Lethierry, no tempo em que ocorria isto.

Durande cumpriu o que prometera. Mess Lethierry pagou as dívidas, reparou os prejuízos, satisfez as letras de Bremen, fez face aos vencimentos de Saint-Malo. Exonerou a casa em que morava das hipotecas, comprou todas as rendas locais inscritas sobre a casa. Era possuidor de um grande capital produtivo, a Durande. O rendimento líquido do navio era então de 1000 libras esterlinas e ia crescendo. A bem dizer, Durande era toda a fortuna dele. Era também a fortuna da terra. O transporte dos bois era dos que davam mais lucro; assim, para melhorar a arrumação a . bordo, e facilitar a entrada e saída do gado, suprimiram-se as malas e as faluas. Foi talvez imprudência. A Durande veio a ter apenas a chalupa. É verdade que a chalupa era excelente.

Já havia dez anos que Rantaine tinha roubado Mess Lethierry.

A prosperidade de Durande tinha um lado fraco, é que não inspirava confiança; acreditava-se que era puro acaso. A situação de Mess Lethierry era aceita como exceção. Dizia-se que ele fizera uma loucura feliz. Quis alguém fazer o mesmo em Cowes, na ilha de Wight, e teve mau êxito na tentativa. A tentativa arruinou os acionistas. Dizia Lethierry: É que a máquina foi mal construída.

Mas os outros abanavam a testa. As novidades tem contra si, o ódio de todos; o menor erro compromete-as.

Consultado acerca de um negócio de vapores, disse o banqueiro Jauge, de Paris, um dos oráculos comerciais do arquipélago normando: É uma conversão o que me propondes. Conversão de dinheiro em fumo. Os capitães teimavam em estar do lado da lona contra a caldeira.

. Em Guernesey a Durande era um fato, mas o vapor não era um princípio. Tal era a pertinácia da navegação diante do progresso. Dizia-se de Lethierry: Fez coisa boa, mas não há de meter-se em outra. Longe de animar, o exemplo dele causava medo. Ninguém ousaria arriscar segunda Durande.

Submited by

domingo, maio 24, 2009 - 15:30

Poesia Consagrada :

No votes yet

VictorHugo

imagem de VictorHugo
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 13 anos 19 semanas
Membro desde: 12/29/2008
Conteúdos:
Pontos: 159

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of VictorHugo

Tópico Títuloícone de ordenação Respostas Views Last Post Língua
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Quinto : O Revólver - Capítulo III : Clubin leva uns objectos e não os traz 0 1.138 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Quinto : O Revólver - Capítulo IV : Plainmont 0 1.119 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Quinto : O Revólver - Capítulo IX : Informação últil às pessoas que esperam ou receiam cartas de além-mar 0 1.282 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Quinto : O Revólver - Capítulo V: Os Furta- Ninhos 0 1.268 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Quinto : O Revólver - Capítulo VI: A Jacressarde 0 1.043 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Quinto : O Revólver - Capítulo VII : Compradores noturnos e vendedor tenebroso 0 1.133 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Quinto : O Revólver - Capítulo VIII : Carambola da bola vermelha e da bola preta 0 980 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Segundo : Mess Lethierry - Capítulo I : Vida agitada e consciência tranqüila 0 357 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Segundo : Mess Lethierry - Capítulo II : Uma preferência de Mess Lethierry 0 290 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Segundo : Mess Lethierry - Capítulo III : A velha língua do mar 0 295 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Segundo : Mess Lethierry - Capítulo IV : Vulnerabilidade por amor 0 344 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Terceiro:Durande e Déruchette - Capítulo I : Garrulice e Eflúvios 0 284 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Terceiro:Durande e Déruchette - Capítulo II :A eterna história da utopia 0 317 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Terceiro:Durande e Déruchette - Capítulo III : Rantaine 0 287 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Terceiro:Durande e Déruchette - Capítulo IV : Continuação da história da utopia 0 324 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Terceiro:Durande e Déruchette - Capítulo IX : O homem que advinhou quem era Rantaine 0 738 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Terceiro:Durande e Déruchette - Capítulo V : O navio-diabo 0 291 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Terceiro:Durande e Déruchette - Capítulo VI : Lethierry entra na glória 0 778 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Terceiro:Durande e Déruchette - Capítulo VII : O mesmo padrinho e a mesma padroeira 0 721 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Terceiro:Durande e Déruchette - Capítulo VIII : A melodia Bonny Dundee 0 674 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Terceiro:Durande e Déruchette - Capítulo X : Narrativas de viagens de longo curso 0 639 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Terceiro:Durande e Déruchette - Capítulo XI : Lance de olhos aos maridos eventuais 0 791 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Terceiro:Durande e Déruchette - Capítulo XII : Exceção no caráter de Lethierry 0 1.141 11/19/2010 - 15:54 Português
Poesia Consagrada/Conto Victor Hugo: Os trabalhadores do Mar – Primeira Parte: O Senhor Clubin : Livro Terceiro:Durande e Déruchette - Capítulo XIII : O desleixo faz parte da graça 0 1.040 11/19/2010 - 15:54 Português