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Confesso

 

Solto o cabelo e ofereço-o ao vento

Dispo as palavras com que me visto

Mergulho no chão do cristal que piso

Agarro um reflexo que não é meu

 

Levo-o à boca, provo-te

Tem o sabor da chuva que o meu rosto beija

Água da nascente do olhar

que tudo viu e tudo perdeu

 

Parto de mãos vazias, de pés descalços

Lábios selados pela prece

Segredos, gravo no desejo imenso

Palavras sufoco para não dizer:

 

Confesso-te, metade de mim

Confesso-me, parte de ti

Se me procuro, encontro-te!

 

Solto o cabelo e ofereço-o ao vento

Dispo as palavras com que me visto

Mergulho no chão do cristal que piso

Agarro um reflexo que não é meu

 

Levo-o à boca, provo-te

Tem o sabor da lua que o meu corpo mima

Espelho do olhar que espera ver-te chegar

Sonho que agarrei para me sentir

 

Parto de mãos vazias, de pés descalços

Lábios selados pela prece

Segredos gravo no desejo imenso

Palavras sufoco para não confessar.

 

Publicado no Blog Broken Wings e no Blog da Rede Socio-Cultural PEAPAZ

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terça-feira, março 15, 2011 - 10:36

Ministério da Poesia :

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Ema Moura

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