CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Do que eu sofro
Do que eu sofro
Eu sofro da patologia cósmica dos gansos,
Sou como o mundo pois serei
O que sempre fui e sei apenas
Ser, inflexível insubordinado, fulano gasto,
Pardo até no papel em que manso me sinto
Por imposição forçado a ser, ou eu
Mesmo ou um outro, senão o maior, mais básico
Engano entre mim e eu próprio,
Por vezes odeio-me sem ter muita
Consciência disso ou o espírito crítico
De que abdiquei e que me assola, assusta
D’novo como fosse ess’outra alma
Minha, alheia deste mundo, a mola e a bainha,
Embora vivas, fundas obscuras, sem
A definição simples que damos a esta
Vida escalavrada, vivida d’dentro pra fora,
Razoável, de minguas escolhas, migalhas.
Mas tudo isso é um “aparte”, pois no mínimo
Eu sofro de patologia própria, crónica
Tal como o louco que não sabe, supõe
O mal que sofre ao sábado, sendo
Domingo ou então feriado municipal, dia santo
Ou de ramos, convencido d’estar
Calçado, investido de caminhante
E nu, descalço num precipício ou no fio da navalha,
O que eu sofro é um vício manco que
Me causa dissabores nos rins e
Na vesícula me arde, quebro o nariz
Na ressaca porque sim, dor e medo
Fazem parte de quem ainda há em
Mim mas tampouco o relembro, inflexível
Insubordinado, sem cura ou pouca …
Joel Matos (Outubro 2022)
http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1308 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Quero fazer contigo ainda muitas primaveras... | 0 | 2.122 | 01/07/2011 - 17:47 | Português | |
Poesia/Geral | Pátria minha | 0 | 2.004 | 01/07/2011 - 17:48 | Português | |
Poesia/Geral | Panfleto | 0 | 654 | 01/07/2011 - 17:49 | Português | |
Poesia/Geral | Manhã Manhosa | 0 | 1.268 | 01/07/2011 - 17:51 | Português | |
Poesia/Geral | Flor Bela | 0 | 1.091 | 01/07/2011 - 17:52 | Português | |
Poesia/Geral | Nem Que | 0 | 920 | 01/07/2011 - 17:53 | Português | |
Poesia/Geral | Feitiço da Terra | 0 | 1.194 | 01/07/2011 - 17:55 | Português | |
Prosas/Lembranças | Feitiço da Terra | 0 | 1.718 | 01/07/2011 - 17:56 | Português | |
Poesia/Geral | Juntei sobras | 0 | 1.798 | 01/07/2011 - 17:59 | Português | |
Poesia/Geral | Teima...Teima | 0 | 1.369 | 01/07/2011 - 18:00 | Português | |
Poesia/Geral | O da Chave | 0 | 1.202 | 01/07/2011 - 18:02 | Português | |
Poesia/Geral | Maré Mingua | 0 | 1.257 | 01/07/2011 - 18:36 | Português | |
Poesia/Geral | Inspiração | 0 | 1.154 | 01/07/2011 - 18:38 | Português | |
Poesia/Geral | Lost Priscilla | 0 | 725 | 01/09/2011 - 20:53 | Português | |
Poesia/Geral | Bonifácio & the Rose | 0 | 675 | 01/09/2011 - 20:55 | Português | |
Poesia/Geral | Half | 0 | 1.321 | 01/09/2011 - 20:57 | Português | |
Poesia/Geral | Estaminal Trago | 0 | 1.237 | 01/09/2011 - 20:58 | Português | |
Poesia/Geral | Enredo | 0 | 952 | 01/09/2011 - 20:59 | Português | |
Poesia/Geral | Talvez Luz | 0 | 1.009 | 01/09/2011 - 21:01 | Português | |
Poesia/Geral | Impressões | 0 | 1.025 | 01/09/2011 - 21:02 | Português | |
Poesia/Geral | Balada Para um Turco | 0 | 911 | 01/09/2011 - 21:04 | Português | |
Poesia/Geral | Im@gine | 0 | 1.986 | 01/09/2011 - 21:05 | Português | |
Poesia/Geral | Poemas sem ligação (aparente) | 0 | 1.269 | 01/09/2011 - 21:09 | Português | |
Poesia/Geral | Serões Ideais | 0 | 1.275 | 01/09/2011 - 21:11 | Português | |
Prosas/Contos | Free Tibet | 0 | 1.486 | 01/09/2011 - 21:14 | Português |
Comentários
obrigado
obrigado
obrigado
obrigado
obrigado
obrigado
obrigado
obrigado
obrigado
obrigado
obrigado
obrigado
obrigado
obrigado
obrigado
obrigado
O que sofremos e por que
O que sofremos e por que sofremos? Interessante análise poética! Gostei muito.
O que sofremos e por que
O que sofremos e por que sofremos? Interessante análise poética! Gostei muito.