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Ego
Pra quem faz do ego religião
E os sentidos vira pra dentro
Da pele verde, espelho do que nunca
Poderá ser pra quem faz
Do ego religião, o tacto não
Dá prazer e o eco e a contemplação
Dos sonhos dos Homens todos,
O gozo de pôr as mão no fogo
E o doer que dá o amor grasso,
Pra quem faz do ego religião
Não há, nem penses, disso
Por grosso ou ao Quilo, o caldo
Com feijão manteiga que
Dantes era vendido na mercearia
Como se fosse mágico, à compra
Prostituta e má como o Ego “de ver”
De Shopping-Center, casas espelhos
Não sentidas com que se contentam
Multidões sem tacto nem a ambição
De quem pôs as mãos-no-fogo por gozo
E por haver quem faça dum caule as asas
Joel Matos (02/2016)
http://joel-matos.blogspot.com
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Ao gozo de pôr as mão no fogo
O gozo de pôr as mão no fogo