CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Embriaguem-se PORRA…
Embriaguem-se, de orgulho puro, da quilha à proa, de estandartes retalhados
Embriaguem-se de verbos duros , como se fossem mortalhas de curtumes,
Embriaguem-se lá fora, no beco, na rua, embriaguem-se… “porra”,
Embriaguem-se com a alegria, das crianças, mesmo sem côdea e sem tecto,
Embriaguem-se e, se porventura pensarem perder–se da razão
Embriaguem-se repetidamente até que de novo se encontrem , nos olhos chãos,
Dos inocentes, nos bairros pobres ou dos lunáticos e utópicos.
Embriaguem-se da vergonha vesga e da solidão, dos nossos subúrbios cercos,
Nos Ghettos da gentalha, nas mantas dos sem-abrigo, aos milhões,
Embriaguem-se, em noites de estrelas roxas e ideais barbudos.
Incendiai, segai pavios, dai às mãos dos gentios, a metralha,
Embriagai-vos de liberdade e que as vossas mães derrotadas jamais sejam violadas,
Nos trabalhos mal pagos, nos degraus dos parlamentos e das opressões,
Nas arcadas dos ministérios, das esquadras, dos grilhões
E das algemas, encerrem as masmorras com as pedras arrancadas na calçada.
Embriaguem-se, contra as governações, testas de ferro
Dos saqueadores e da corrupção, da escuridão e do medo,
Contra os ferozes e os algozes de serviço, dos gordos coronéis,
Destes reinos beras de genocidas a soldo, bem mais que os cruéis,
D’outrora, embriaguem-se e cantem, excluídos e esfolados,
D’agora, cantem sem descanso, até caírem pro lado,
Enquanto bebem, o vício de serem livres, em lugar de acossados,
Por crime d’ajuntamento, até caírem os ferrolhos e as paredes dos cruéis,
Dos bancos, com capitéis d’ouro e caixas fortes, dele acumulado,
Quando acordarem, por fim, os perros dos arrecadadores, será tarde
A bebedeira será global e… transmissível,…soará a corneta
Dum tempo novo, fundado plos bêbedos, deste mundo esguelha.
Pois que vertam, sangue e vinho, na sarjeta e no soalho nobre, do rico…
Embriaguem-se Porra…EMBRIAGUEM-SE …
Jorge Santos (12/2013)
http://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 679 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | Com’um grito | 0 | 136 | 11/24/2023 - 09:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | As palavras apaixonam-me | 0 | 157 | 11/24/2023 - 09:06 | Português | |
Poesia/Geral | A verdade por promessa | 0 | 316 | 11/24/2023 - 09:03 | Português | |
Poesia/Geral | “Falar é ter demasiada consideração pelos outros” | 0 | 312 | 11/24/2023 - 09:01 | Português | |
Poesia/Geral | Meu mar eu sou | 14 | 1.129 | 09/26/2023 - 15:44 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | (Não hei, porque não tento) | 32 | 867 | 07/03/2023 - 10:38 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Maldade | 58 | 951 | 04/27/2023 - 10:56 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Do que eu sofro | 63 | 1.268 | 04/09/2023 - 20:15 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Doa a quem doa, o doer … | 5 | 1.052 | 11/29/2022 - 21:42 | Português | |
Poesia/Geral | “Mea Culpa” | 5 | 616 | 11/29/2022 - 21:37 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | “Hannibal ad Portus” | 0 | 837 | 11/20/2022 - 19:56 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Do avesso | 0 | 795 | 11/20/2022 - 19:50 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Eis a Glande | 0 | 559 | 11/20/2022 - 19:48 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Incêndio é uma palavra galga | 0 | 620 | 11/20/2022 - 19:47 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Restolho Ardido… | 0 | 1.568 | 11/20/2022 - 19:45 | Português | |
Poesia/Geral | Não entortem meu sorriso, | 0 | 571 | 11/20/2022 - 19:16 | Português | |
Poesia/Geral | Espírito de andante ... | 37 | 1.323 | 05/26/2022 - 15:07 | Português | |
Poesia/Geral | Feliz como poucos … | 3 | 1.814 | 03/24/2022 - 12:15 | Português | |
Poesia/Geral | Nada, fora o novo ... | 17 | 1.083 | 03/19/2022 - 20:01 | Português | |
Poesia/Geral | A tenaz negação do eu, | 8 | 1.513 | 03/19/2022 - 19:58 | Português | |
Poesia/Geral | Nunca tive facilidade de | 29 | 1.333 | 03/11/2022 - 17:20 | Português | |
Poesia/Geral | Tudo em mim, | 13 | 1.107 | 02/25/2022 - 17:40 | Português | |
Poesia/Geral | E eu deixei meus olhos | 12 | 1.271 | 02/25/2022 - 17:40 | Português | |
Poesia/Geral | Meu instinto é dado pelos dedos mindinhos | 22 | 1.778 | 02/25/2022 - 17:39 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Sem nada … | 17 | 1.823 | 02/19/2022 - 15:18 | Português |
Comentários
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Embriaguem-se,
Embriaguem-se, contra as governações, testas de ferro
Dos saqueadores e da corrupção, da escuridão e do medo,