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Habito lápides

Meus armários e tumbas e subúrbios,
minha aldeia de cal e trepadeiras
onde a noite escorrega nos telhados.

No musgo antigo a que habituei a pele
a solidão resgata um som de música
aos golpes persistentes da memória.

À margem do teu nome me reclino,
as pálpebras molhadas de pensar-te,
a pele debicada por abutres.

Falando de endereço, habito lápides.
 

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quinta-feira, maio 5, 2011 - 20:47

Ministério da Poesia :

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Tania Alegria

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