CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
(Meu reino é um prado morto)
A minha mão não cobre o mundo todo,
Mas a sombra assusta os passageiros
Viajantes que no meu albergue entram,
Venho de candeio na mão… bruxuleando,
Apetece-me também eu partir quando chove
Mas dita o destino,-de que não sou dono-
Criar bem dentro uma espécie de abismo
Tutelado por uma outra dimensão de mim próprio,
Sonho de que sou eu mesmo a quem
Obedece a trovoada e o mar oceano
Revolto, acordo com a serenidade de um seixo
Que tem qualquer outra pessoa sem ter rosto,
Igual a eles em tudo e até a morte receio,
Sobretudo eu, de que serve ser do sonho
Autoridade ou rei príncipe se não mando
Sequer nos vencidos, tanto quanto eu sou
Quando acordo, terreno e ilucido, viajando
De noite sou rei dos bruxos, acordado sou
Insignificante baixo, seixo cego, sargo morto
Assim como tu, que não és nada nem ninguém
E nem eu encubro e luz dum todo, esta ou outra,
A ciência ou a metafísica, Venho de candeia na mão
Como se os meus pensamentos fossem
Realmente vitais p’ras dimensões que tem a Terra
No universo, às vezes deixo-me possuír
P’lo logro, outro modo de ser quem sou
E sonho que posso içar palavras em tribuna
Alta, adaptada a mim mesmo e acender a vela,
Como se tivesse atravessado eu um braseiro
Agnóstico e místico, sem rosto pra que me esqueçam,
Apenas sussurro e arvoredo, venho de candeio na mão,
Cedo é e a paisagem o desenho geométrico mais antigo
Do mundo, eu pra o abrir, cego descubro que
(meu reino é um prado morto)
Joel Matos (01/2018)
http://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1754 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | "Palavras meias" | 10 | 2.287 | 03/23/2018 - 10:04 | Português | |
Poesia/Geral | "Phallu" de Pompeii! | 1 | 978 | 06/21/2021 - 15:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | "Sic est vulgus" | 1 | 2.462 | 06/21/2021 - 16:19 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | "Sinto" | 13 | 2.616 | 10/16/2018 - 09:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | "Tarou" | 10 | 3.773 | 03/23/2018 - 10:17 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | "y Grego" | 0 | 759 | 03/05/2018 - 12:31 | Português | |
Poesia/Geral | (1820) | 305 | 4.094 | 03/30/2019 - 17:14 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | (Busco a eternidade-num-saco-vazio) | 265 | 2.522 | 06/07/2019 - 19:55 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | (Creio apenas no que sinto) | 17 | 137 | 12/02/2023 - 11:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | (Demente em contra-mão) | 10 | 920 | 05/25/2018 - 09:41 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | (Do que me vai na alma) | 10 | 973 | 03/23/2018 - 18:46 | Português | |
Poesia/Geral | (Meu lar é uma taberna) | 10 | 2.394 | 04/10/2018 - 16:22 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | (Meu reino é um prado morto) | 10 | 1.754 | 03/28/2018 - 17:07 | Português | |
Poesia/Geral | (Meu reino é um prado morto) | 24 | 1.905 | 12/02/2018 - 19:04 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | (Não hei, porque não tento) | 32 | 893 | 07/03/2023 - 11:38 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | (O SantoSobrou) | 1 | 1.045 | 02/20/2018 - 17:31 | Português | |
Poesia/Intervenção | (Os míseros não Têm Mando) | 6 | 1.076 | 02/28/2018 - 17:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Intervenção | (Os Míseros não Têm Mando) | 17 | 1.964 | 12/02/2018 - 19:34 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | (Ouçam-me, pra que eu possa…) | 123 | 2.658 | 05/22/2019 - 15:34 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | (Ouçam-me, pra que eu possa…) | 10 | 700 | 03/20/2018 - 18:57 | Português | |
Poesia/Geral | (Vive la France) | 465 | 4.365 | 04/14/2019 - 19:48 | Português | |
Poesia/Geral | - Papoila é nome de guerra - | 359 | 36.148 | 04/09/2019 - 11:56 | Português | |
Poesia/Geral | -O corte do costume, se faz favor – | 14 | 1.382 | 10/16/2018 - 09:38 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 11 Minutos | 0 | 531 | 02/23/2018 - 13:55 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 11 Minutos | 10 | 833 | 03/23/2018 - 09:58 | Português |
Comentários
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
(Meu reino é um prado morto)
VerEditar
(Meu reino é um prado morto)
Nem me
Nem me rotulem de insonso
pois se abdico dum rio d'salmão
e a falta me virou do avesso
(i'nda assim) nadei no furação.
Jacaré na panela d'agua quente
rei preto no tabuleiro de xadrez
serei tudo que o destino invente
e permita a minha tez de mar
ando barbudo de um lado e d'outro
desta cara de vagabundo lateiro
onde o mar barbeia o mexilhão
saltei de susto na areia da praia
quando vi aparecer no longe uma sereia
mal ela não m'viu, fingiu minha canção cantar
(tão insossa quanto o rio do salmão)
Jorge Santos