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Monólogo do morto

Esta manhã amanheci pretérito,
sem mãos para agarrar a vida diária,
sem pés que me conduzam para o mundo
nem pálpebras que abram as auroras.

Não tenho que ordenar cosmogonias.
Amanheci caótico e silente,
sem o dever de consagrar absurdos.

Aranhas tecem teias nos meus dias.
A morte é um relógio sem ponteiros.

Há um território exíguo em minhas vértebras
onde um fantasma construiu castelos.

Não vai o sangue apregoando urgências.
Não há a memória de ter sido amado.

Esta manhã amanheci sem alma.
 

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quinta-feira, maio 5, 2011 - 22:05

Ministério da Poesia :

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Tania Alegria

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