CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
O avesso do espelho...
Basta querer eu alguma coisa pra que morra por ela mesmo,
Assim o respeito que tenho por todos, pior que por mim próprio,
O estranho é que, na classificação que me dou, baixa e “fascia”,
Não me caibo, nem me basto de afirmar pra ser respeitado,
Sou suspeito da dupla significação no que digo, penso e faço,
Dispenso qualidades alheias, sobrevivo do instinto como se fosse
Eu uma industria de criação própria, pouco original e o mercado
De interesse fútil, decorativo painel de “moiral”, moral opinativo
A duas dimensões, para parecer ser escabrosamente humano,
De compleição estéril, assim o respeito que tenho por outros,
Simplesmente porque o sol se põe a leste e não a oeste dos
Ombros desses, meses sem conta, sem autenticidade e enquanto
Os pulmões virados de latitude ao norte, os rins apontam,
Tal qual a minha atitude perante Deuses que desconhecem
Pelo cheiro a natureza das flores e a dor dos opinados ciprestes
Altivos. A respeito das sensações próximas, pouco há a dizer,
A não ser o que falhou, loucura seria afirmar-me como a metade
De cá do destino, pois se morrerei como tenho desde sempre
Vivido, sem respeito por mim próprio e muito menos pelo
Próximo. A Ode Triunfal é um mito longe do Arco do Triunfo,
Assim como o crucifixo não é símbolo apropriado num ateu,
A propósito de proficiências mágicas e alquimias sulfúreas
Complexas, subterrâneas galerias onde tudo se paga em metal,
Basta querer na ruína e na morte pra que haja submundo,
Não se aplica a sombra ao vazio, nem se explica o vazio,
Ainda assim respeito a urgência e a insurgência senão
Como velcros da ilusão na mudança, odeio as maiorias e as
Fórmulas hierárquicas monogâmicas erigidas num padrão,
Respeito a emoção se for natural e não em função do estilo,
Digo o que penso e o riso é uma possibilidade lúdica ela mesmo,
Antes que morra e a espontaneidade em mim afunde, como
Um prego e a variedade de sentir, a mecânica do espirito
O desassossego místico, necessidade vital e suprema de dor,
A aceitação sem submissão, sentindo como bafo no espelho
Do que estou falando, o que estou dizendo e o avesso …
Jorge Santos 02/2020
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1764 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Em Vila, Praia ou Âncora … | 1 | 1.382 | 02/20/2018 - 17:03 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Pedra, tesoura ou papel..."Do que era certo" | 1 | 2.466 | 06/21/2021 - 15:21 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Rua dos Douradores 30 ... | 1 | 1.759 | 06/21/2021 - 15:25 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | "Semper aeternum" | 13 | 3.119 | 10/16/2018 - 08:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A hora é do tempo, a Ágora | 10 | 1.283 | 03/21/2018 - 12:31 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Ânsias ...lais de guia... | 92 | 2.137 | 10/22/2019 - 14:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Antes de tud’o mais ... | 13 | 2.101 | 10/16/2018 - 08:30 | Português | |
Poesia/Geral | Cumpro com rigor a derrota | 1 | 932 | 06/21/2021 - 14:36 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Doce manifesto da vida | 50 | 1.331 | 10/22/2019 - 14:32 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Excerto “do que era certo” | 1 | 1.543 | 06/21/2021 - 15:25 | Português | |
Poesia/Geral | I can fly ... | 11 | 3.151 | 10/16/2018 - 08:41 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | JOEL MATOS | 14 | 3.296 | 10/16/2018 - 08:31 | Português | |
Poesia/Geral | Morto vivo eu já sou … | 496 | 3.694 | 05/09/2019 - 10:06 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O avesso do espelho... | 5 | 1.763 | 03/01/2020 - 20:02 | Português | |
Poesia/Geral | O erro de Descartes | 479 | 2.798 | 04/09/2019 - 10:49 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O Estado da Dúvida | 2 | 1.846 | 01/24/2020 - 20:05 | Português | |
Prosas/Contos | O Transhumante Ou "Versus de Montanya Mayor" | 1 | 2.401 | 02/28/2018 - 16:11 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Peixes ... | 10 | 2.366 | 05/25/2018 - 08:31 | Português | |
Poesia/Geral | Por onde passo não há s’trada. | 30 | 262 | 02/18/2024 - 20:21 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Pra'lém do sonhar comum ... | 80 | 2.419 | 10/22/2019 - 14:03 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Puder-eu-o-ter | 10 | 1.393 | 08/07/2018 - 15:44 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | V de Vitória - Revolução - | 537 | 4.373 | 04/03/2019 - 15:43 | Português | |
Poesia/Geral | “Mea Culpa” | 5 | 616 | 11/29/2022 - 21:37 | Português | |
Poesia/Geral | "Ida e volta" | 10 | 1.814 | 05/25/2018 - 08:39 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | "Je ne dis rien, tu m'écoutes" | 468 | 4.149 | 03/30/2019 - 16:13 | Português |
Comentários
-----
-----
-----
-----
-----
-----
-----
-----
-----
-----