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O meu rio

 Deslizas agora fundo, angustiado
entre  penhascos de rebordos esbranquiçados
marcas de ausência de chuvas
que te trazem esganado
num Outono que não descola do estio

Anda triste o rio

Já não ouço o teu meigo cantar
que me embala a lembrança

Mesmo à distância
no miradouro da cruz
vejo um abismo de beleza que é nosso
e nos segura em penhascos de esperança

Lágrimas vertidas em limos de tristeza
moem-nos a saudade
de um rio outrora altaneiro e atrevido
que cantava e galgava escarpas
num sábio cantar de amigo

Para onde levaram a tua força e alegria
que em abraços se fazia?

Anda triste o rio

Jamais cavarão o teu chão
porque em Lagoaça e em Miranda
és tu que cavas fundo, amigo
e largo te fazes imponente

Por mais que de tristeza queiras escrever
ainda te sonho valente
Irás ao rigor do Inverno
buscar  força e  subtileza
e a tua fragância de flor de laranjeira
subirá as arribas
em Lagoaça,  meu ventre materno

E os olhos se espraiarão
entre o verde azeitona das oliveiras
e a suavidade luminosa das  laranjeiras

Tenho vontade de correr à assomada
quando em maroma te fizeres

Do fundo do teu leito
continuará a romper
a força e a audácia de um rio D´ouro
e, para sempre em ti
luz e seiva de vida irá nasce

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terça-feira, janeiro 31, 2012 - 09:54

Ministério da Poesia :

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Teresa Almeida

imagem de Teresa Almeida
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Título: Membro
Última vez online: há 9 anos 28 semanas
Membro desde: 07/07/2011
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Comentários

imagem de Odete Ferreira

As mudanças que se operam

As mudanças que se operam e a inerente nostalgia, aqui, um rio, noutro um monte (...). mas que almas sensíveis cantam em verso...

E que versos: quase um gemido, num abandono, nem sempre propositado; umas vezes a própria natureza, outras a mão do homem.

Poema imagético e personificado, conferindo emotividade.

O teu jeito de escrever, amiga Teresa!

Gostei muito deste ter rio!

Bjossmiley

imagem de Teresa Almeida

Pertenço ao Douro minha

Pertenço ao Douro minha querida amiga, cresci por ali. É a paisagem que os meus olhos guardam e se mistura nos meus sentimentos, com se fizesse parte da minha identidade.

Fico contente por ter conseguido, de algum modo, passar esta emoção. 

Obrigada Odete.

Bjuzz laugh

imagem de Nostalgia

Rio de saudade e

Rio de saudade
e lágrimas,
rio felicidade,
de poucas páginas.

Mas que demonstra bem,
nas lembranças escritas,
o amor que a Teresa  tem
pelas suas águas benditas.

LINDOyes
 

 

 

imagem de Teresa Almeida

Gosto que leias o meu rio e

Gosto que leias o meu rio e me fales de lágrimas, saudades, felicidade e águas benditas.

Bem hajas amiga Nostalgia. yes

Beijinhos.

imagem de Jorge Humberto

Muito belo..

Muito belo este teu poema ao rio Douro, minha querida Teresa. De longa história se faz o teu rio e o meu rio Tejo,
com esperança nos olhos, de os vermos correndo desde as suas nascentes, nossa alma ao alto o pendão.
 

Beijinhos
Jorge Humberto
 

imagem de Teresa Almeida

Eu tenho o Douro, tu tens o

Eu tenho o Douro, tu tens o Tejo.

Sentimos que por ali há caudais inesgotáveis de poesia. E nós cantaremos...Beijinhos.

imagem de Nanda

Teresa

Cantar o Douro é sempre um desafio poético, neste caso maravilhosamente ilustrado pelas mãos da poeta/pintora.

Beijinhos

Nanda   

imagem de Teresa Almeida

Pertenço ao Douro. Este

Pertenço ao Douro. Este desafio é uma paixão que a tua alma de poetisa captou.

Bem hajas querida amiga Nanda.

Beijinhos.

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